Especialistas orientam sobre cuidados com os animais no verão

Uma das principais dicas para ajudar o animal no calor é evitar deixá-lo no carro ou em locais abafados, sem circulação de ar.

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Crédito: Carla Beckmann

O calor do verão pede cuidados. As altas temperaturas e a variação na umidade do ar podem resultar em uma série de problemas para os animais de estimação. A hipertermia, também conhecida como insolação, é uma condição ocasionada pela elevação da temperatura corporal do animal acima de 41ºC (o normal é de 39,3 a 39,5ºC). Isso eleva o risco de falência múltipla de órgãos e, consequentemente, pode levar o pet à óbito.

Uma das principais dicas para ajudar o animal no calor é evitar deixá-lo no carro ou em locais abafados, sem circulação de ar. Outra dica é evitar passear com animais entre 10h e 17h. Nestes horários ocorre maior incidência de radiação UVB, a principal responsável pelo câncer de pele, que também atinge os pets.

“Mas é sempre bom fazer o teste. Colocar a mão ou o pé no asfalto para ver se o humano aguenta. Se caso não, o animal também não vai aguentar, suas patas são sensíveis. O uso de filtro solar também é recomendado, principalmente para animais com a pelagem clara”, explica Júlia Driemeier, estudante de medicina veterinária e voluntária da causa animal.

Em casos em que o animal fica fora de casa ou em viagens, é importante garantir que ele tenha acesso à sombra e a áreas mais frescas. “Já existem tapetes climatizados que gelam em contato com o corpo do animal e ajudam a refrescá-lo. Quanto à água, ela deve ser oferecida em abundância”, ressalta Júlia.

Os animais filhotes, idosos e obesos têm mais dificuldade em suportar altas temperaturas. Esses grupos possuem mais tendência a apresentar problemas respiratórios e dificuldade em perder calor.

Evitar que as pulgas e carrapatos incomodem o peludo é outra medida importante. Esses parasitas podem causar coceira e alergia, além de transmitir doenças.

A busca por água em dias quentes também pode ocasionar acidentes. Vladimir da Silva, integrante da Rede de Proteção Ambiental e Animais (Repraas) compartilha experiências de resgates feitos nos últimos meses. “Tivemos chamados para resgate de gavião, cocota e outros. Pessoas que possuem cães fora de casa, na corrente, devem se atender quanto à posição da casa do animal. Ele pode querer sair dali no momento que bater o sol e acabar se machucando. O que em alguns casos é fatal”, avalia.

Além disso, Júlia reforça o cuidado em situações de enchente, que ocorreram com frequência no ano passado. “Sempre que puderem, ao máximo, levem os animais junto em situações de cheias”.

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