Projeto de financiamento retorna à Câmara de Teutônia, fica baixado e gera debate

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Sessão tinha grande público / Crédito da foto: Paloma Griesang

O projeto de financiamento que causou polêmica no ano passado, retornou à Câmara de Teutônia. A expectativa era de que o projeto fosse à votação nesta terça-feira (25/4), porém, a matéria ficou baixada e nem entrou em pauta. A decisão quanto a pauta da sessão compete sempre ao presidente, no caso, Valdir Griebeler (PSDB). O pedido também foi encaminhado sem pedido de urgência, portanto não precisa ser votado imediatamente e pode ficar baixado.

O Projeto de Lei nº 040/2023 autoriza o Município a contratar um financiamento de R$ 15 milhões junto à Caixa Federal por meio do Finisa. A intenção do Executivo é investir o valor em recuperação de algumas vias. As principais, são três estradas do interior: Linha Catarina, Linha Germano e Linha São Jacó. Além disso, deve ser feitas as recuperações na Rua Tiradentes (Bairro Canabarro), Rua 25 de Julho (Bairro Languiru), trecho da Rua Erno Dahmer (Bairro Alesgut) e trecho da Rua Maurício Cardoso (Bairro Teutônia).

A sessão contava com casa cheia, com a presença de muitos representantes do Executivo, que foram acompanhar a votação, que acabou não ocorrendo. A sessão teve, também, ausência do vereador Hélio Brandão (PTB), que é contra o projeto, a ausência do voto de Brandão poderia significar a aprovação do PL, já que a oposição teria um voto a menos. O projeto pode entrar em pauta, ou não, na próxima sessão no dia 2 de maio (terça-feira).

Um projeto igual já havia sido encaminhado no ano passado. Após ser baixado diversas vezes, ele foi votado e rejeitado pela maioria dos vereadores. Agora, a administração tenta, novamente, aprovar a medida que, segundo o governo, é a única forma de possibilitar a realização das obras.

Situação defende financiamento

Na tribuna, vereadores de situação defenderam a necessidade do financiamento. Neide Schwarz (PDT) avalia que muitas das vias que serão beneficiadas com as obras estão em mau estado. Falou sobre colegas que julgam que não é o momento de aprovar um financiamento. “Eu chamo de politicagem. Pois hoje o Município paga outros três outros financiamentos dos ex-prefeitos”, considera. Afirma que há colegas mais preocupados com as eleições do ano que vem do que com trabalhar.

Jorge Hagemann (PDT) afirma que o projeto é muito inteligente da parte do prefeito, pois beneficia o interior e a cidade. Disse ainda que o interior merece ser valorizado, pois a agricultura traz um retorno de quase 40% à economia de Teutônia. “Respeito o presidente [Valdir Griebeler] que decidiu deixar o projeto baixado, o povo vai julgar a decisão”, considera. Salientou ainda que o valor do projeto é igual ao do financiamento aprovado na gestão anterior de Jonatan Brönstrup.

Oposição segue combatendo a medida

No lado da oposição, os edis seguem contrários e fazendo duras críticas ao projeto. Cleudori Paniz (PSD) defendeu a não aprovação da pauta. Afirma que os asfaltos são necessários, mas que há recursos para fazer sem a necessidade de financiamento. Citou o orçamento de R$ 200 milhões de reais do Município neste ano, e comparou com orçamentos de anos anteriores, como os R$ 80 milhões em 2016 (último ano da gestão de Renato Altmann) e os R$ 120 milhões em 2020 (último ano da gestão de Jonatan Brönstrup). “Dinheiro tem, não precisa fazer financiamento. A administração tem que cumprir sua promessa de campanha de fazer gestão. Gestão é fazer mais com menos. A comunidade tem que se unir para evitar esse excesso de financiamentos, temos visto o que acontece quando há excesso de financiamentos com a situação da Cooperativa Languiru”, justifica.

Paniz ainda afirmou que um financiamento foi aprovado no ano passado. A informação foi rebatida pelo vereador Vitros Krabbe (PDT), que lembrou que o projeto foi uma autorização para utilizar os recursos de sobras do financiamento do Avançar Cidades, que foi contratado pela gestão anterior, e não se trata de um financiamento novo. Ainda assim, Paniz seguiu afirmando que é um financiamento. Inclusive, o debate seguiu com o prefeito Celso Aloísio Forneck ao fim da sessão.

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