Grupo de Mulheres Empreendedoras teve palestra sobre resiliência, estratégia e ação

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Empreendedoras participaram do encontro / Crédito: Paulina Zart

O encontro mensal do Grupo de Mulheres Empreendedoras de Teutônia contou com a participação da empreendedora Michele Gonçalves. A reunião foi na noite de segunda-feira (26/8) na Chácara Kettermann e teve palestra, momento de interação com a convidada, espaço de compartilhamento de experiências, além do jantar de confraternização.

Michele é administradora da fábrica Tintas Nobre, de Arroio do Meio. Residente em Lajeado e é mãe de dois filhos. A empresária compartilhou parte da sua trajetória de vida, em especial o grande desafio vivenciado durante e após a maior enchente da história do Rio Taquari.

Contou, de forma breve, a história da empresa familiar, que tem hoje mais de 60 colaboradores diretos e fornece tintas para diferentes regiões do país. Relatou vários desafios superados pela empresa, desde um incêndio, anos atrás, passando pela pandemia e as enchentes. Em sua fala, as atitudes tomadas em cada desafio são exemplos de resiliência, planejamento, estratégia e ação rápida.

A empreendedora compartilhou várias percepções importantes para os desafios enfrentados pelas empreendedoras presentes. Por meio do seu jeito de levar a vida e a busca constante de novos conhecimentos, Michele se tornou uma referência da força feminina, inclusive simbolizada de forma muito clara no período pós-enchente.

Michele foi a mulher que se envolveu diretamente com a equipe de homens que construíram a ponte de ferro para restabelecer o trânsito entre Lajeado e Arroio do Meio. A mãe, que antes saía de Lajeado para trabalhar na cidade vizinha, retornava para almoçar com os filhos e voltava a Arroio do Meio pela tarde, um trajeto que levava em torno de 15 minutos. Viveu mais de 50 dias diferentes, muitos deles saindo pela manhã para atravessar o rio de barco ou passadeira, sem saber se o tempo permitiria o retorno à noite.

“Fornecemos a tinta e nos envolvemos diretamente na ação, primeiro porque acreditamos na construção, depois porque a gente precisava dessa ponte. Ela não apenas restabeleceu a conexão, mas representou a esperança de uma comunidade inteira”, ressaltou Michele. Ela foi a mulher que pregou um dos pregos na madeira no momento da inauguração da ponte. “Eu sempre digo, “primeiro acredita, depois vai lá e faz. Se não acreditar, não tem como dar certo”, reforçou.

Suas experiências na profissionalização da gestão, sucessão em empresa familiar, liderança em grupos de mulheres e momentos pessoais de sua jornada foram compartilhados extraindo pequenas lições. Foi o caso do sonho e desafio de fazer o Caminho de Santiago, caminhando vários dias sozinha. A preparação para viver este momento foi intensa e os aprendizados durante o caminho, inúmeros.

Após a palestra, as mulheres tiveram espaço para interação e degustaram o jantar preparado por Marisa Post Santinon. O próximo encontro do grupo ocorre no mês de setembro.

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