Possível saída de médicas cubanas causará impactos em Teutônia

1359
Médicas cubanas estiveram reunidas com o secretário de Saúde, Hélio Brandão, nesta segunda-feira/Crédito da foto: Édson Luís Schaeffer/divulgação

Com a decisão do governo cubano de deixar o programa Mais Médicos no Brasil, a Prefeitura de Teutônia fica na apreensão quanto à saída ou não das três médicas cubanas que atuam no município. A Secretaria de Saúde, no entanto, trabalhará, no que for do seu alcance, para que as médicas permaneçam no município, tendo em vista a qualidade nos serviços prestados à comunidade nas três Estratégias de Saúde da Família (ESFs).

Teutônia conta com três médicas cubanas: Yusimi Martinez Ordunez, no ESF 1; Yudiennys Acosta Pupo Arnt, no ESF 2; e Kaliannis Perez Dominguez, no ESF 3. Juntas, elas fazem, em média, aproximadamente 1.500 atendimentos por mês, numa carga horária de 40 horas semanais. Se as profissionais tiverem que deixar o município, essa demanda de atendimentos terá que ser atendida por outros clínicos.

Conforme a Secretaria de Saúde, o custo mensal total das três médicas aos cofres municipais é de R$ 7.810,00, sendo o custo de duas delas é de R$ 3.520,00 mensais (auxílio alimentação e moradia) e da outra é de R$ 770,00, tendo em vista que ela já possui residência própria em Teutônia. Já o custo mensal de um médico brasileiro para carga horária de 40 horas semanais é de R$ 16.132,85.

O secretário de Saúde, Hélio Brandão, coloca que, muito além do impacto financeiro, há o impacto social. “São profissionais extremamente competentes e que fazem um trabalho ímpar em Teutônia. A experiência delas no cuidado às famílias torna o trabalho delas diferenciado e sabemos que as famílias teutonienses vão sentir essa possível saída delas. Por isso, o que for do nosso alcance, estaremos trabalhando para que elas permaneçam aqui”, afirma.

Tanto a Secretaria de Saúde, quanto as três profissionais, aguardam posições oficiais dos governos brasileiro e cubano. Até o momento, as informações repassadas são somente extraoficiais, o que gera preocupação quanto ao futuro. No entanto, a intenção das três profissionais é fazer o exame Revalida, para validar o seu diploma no Brasil, até porque duas delas já são casadas com brasileiros.

- publicidade -