Médico que trata paciente garante: é meningite!

Paciente e amigos dela também questionaram exame negativo. Caso repercute nas redes sociais. Vigilância Sanitária sustenta exame negativo do Lacen

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Menina está recebendo tratamento no Hospital Ouro Branco / Arquivo FP

Embora o exame do Lacen tenha sido negativo para meningite, o médico que trata da paciente de 13 anos, internada no Hospital Ouro Branco, assegura que o caso é sim de meningite bacteriana. Só não foi identificado o germe causador. A notícia repercutiu nas redes sociais.

Em contato com o médico-pediatra Luiz Alberto Mattielo, o resultado do exame foi: “Negativo as sorologias para especificar o germe! Mas a meningite foi bacteriana!”. O profissional celebra que a paciente “está bem e com boa evolução”. Mattielo é o médico que está acompanhando o caso desde o dia 1º de março.

A Vigilância Sanitária (Visa) esclarece que, apesar do exame negativo, o adequado é manter o tratamento. “É obrigação do hospital seguir os protocolos de segurança, ou seja, o médico mantendo o tratamento para meningite. Outro item importante adotado pela equipe médica é manter o tratamento até que os exames clínicos evoluam, isso é protocolar e, ato médico. Conduta adequadíssima”, elogia o coordenador da Visa, Evandro do Canto Borba.

No campo de manter o tratamento e acompanhar a evolução, Borba acrescenta que “o exame de Cultura (de sangue) é o último elemento para que se possa dar um desfecho final, no caso concreto, no entanto, é mais demorado”.

Borba ainda deu destaque ao atendimento médico. “O médico que está tratando a paciente tem um alto gabarito técnico e, portanto, tomou e está tomando as melhores medidas em favor da recuperação da mesma”. Ele também assegura que “o importante de tudo isso é a saúde da paciente em questão”.

Amigos e familiares questionaram “exame negativo”

Amigos da paciente e a própria menina internada questionaram a notícia veiculada pelo site folhapopular.info. Na sexta-feira (08/03), um amigo da paciente entrou em contato inbox com o jornal. Na tarde deste sábado (09/03), a própria paciente postou na sua conta pessoal do Facebook uma crítica à notícia da Folha Popular questionando a informação de negativa para meningite.

O jornal manteve contato com a paciente e com a irmã por meio de mensagens de rede social. “Não podíamos ficar calados após a notícia, porque também estávamos passando por mentirosos”, afirma a irmã.

Vigilância sustenta que exame do Lacen deu negativo

A reportagem questionou o coordenador da Vigilância Sanitária de Teutônia, Evandro do Canto Borba, sobre as afirmações em redes sociais feitas por amigos e paciente. Veja na íntegra o retorno da Visa no fim da tarde deste sábado (09/03):

“Primeiro é obrigação do hospital seguir os protocolos de segurança, ou seja, o médico mantendo o tratamento para meningite, cabe ao hospital manter-se ao lado da conduta médica, isso é fato;

Outro item importante adotado pela equipe médica é manter o tratamento até que os exames clínicos evoluam, isso é protocolar e, ato médico. Conduta adequadíssima.

O teste de liquor (retirado da coluna), deu NEGATIVO, isso é fato.

Terceiro e último ponto, o exame de Cultura (de sangue), é o último elemento para que se possa dar um desfecho final, no caso concreto, no entanto, é mais demorado.

Por tudo, a opinião de quem não tem conhecimento mínimo no caso em questão, só serve para gerar dúvidas e conversas desnecessárias (Isso faz parte).”

Evandro do Canto Borba – Coordenador da Vigilância Sanitária de Teutônia

Jornal baseou notícia anterior na Vigilância e laudo do Lacen

A Folha Popular teve acesso ao resultado do exame do Lacen (pelo método de Latex, que é o mais avançado e eficiente), o qual confirma a negativa para meningite (para antígenos pesquisados).

O jornal baseou sua notícia na afirmação do responsável pela Vigilância Sanitária: “o resultado da suspeita de meningite (menina internada no hospital) deu negativo”; e neste documento do exame, que foi o único disponível até o momento.

O jornal não tem autorização para divulgar o documento por questões éticas e legais, preservando a privacidade da paciente (menor de idade) e também dos médicos envolvidos no tratamento.

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