Rio Grande do Sul tem projeções de cenários para avanço do Coronavírus

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O Departamento de Economia e Estatística (DEE) divulgou nesta terça-feira (17/03) uma atualização sobre seus Exercícios de projeção de evolução dos casos de Coronavírus (Covid-19) para o Rio Grande do Sul, em cenários de curto prazo. É um modelo de ajuste geométrico para 14 dias após o 50º caso. Uma análise de longo prazo depende de outros métodos e mais informações.

Conforme o estudo, há um padrão geométrico na trajetória de números de infectados a partir do 50º paciente. Esse padrão é mais preponderante nos 14 dias após o 50º caso. A trajetória a partir daí pode ser diferente, de acordo com as providências que forem tomadas. Por isso, há tantas medidas restritivas, para inibir um avanço mais extremo ou agressivo, tentando achatar a curva para um cenário moderado.

O primeiro caso confirmado no Rio Grande do Sul foi em 10 de março. Nesta segunda-feira (16/03), alcançou-se 11 casos confirmados. A possibilidade do 50º caso é dia 24 de março, próxima terça-feira. A partir deste indicador há uma projeção para 7 e 14 dias nos três cenários avaliados pelo DEE – extremo, agressivo e moderado, conforme ilustra a imagem abaixo.

Em nível de Brasil, o DEE avaliou que os dados disponíveis até o momento mostram que o país e também São Paulo estão registrando evoluções que indicam cenários que se assemelham a extremo e agressivo. O Ministério da Saúde afirmou nesta terça-feira à noite que o pico dos casos deve chegar entre maio e junho, com estabilização projetada para o mês de julho.

Os diferentes cenários

Os cenários de curto prazo foram avaliados sem levar em consideração os costumes diferentes de cada país, estação do ano e efeitos de temperatura e umidade. Com base nas informações, a DEE traçou 3 modelos:

  • Extremo – semelhante à evolução de Itália, Irã e Coréia do Sul;
  • Agressivo – semelhante à evolução de França, Espanha e Alemanha;
  • Moderado – semelhante à evolução do Japão.

Os dados utilizados são os registros diários de infecções, recuperações e mortes por países, tendo como fonte a Universidade John Hopkins.

O estudo do DEE também observa que:

  • Os registros começam depois da circulação do vírus
  • O Lockdown tem efeito importante, mas os registros continuam a crescer para apenas depois arreferecerem (diminuírem).

Veja o estudo completo

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