Lajeado tem 6 casos de dengue confirmados e prepara mutirão para o sábado

Os casos estão localizados nos bairros Universitário, Alto do Parque, Campestre, Moinhos e Centro. Nenhum dos doentes precisou hospitalização até agora.

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Bióloga Catiana Lanius. Crédito da foto: Paula Luciana Kern/Divulgação

Além destes casos, desde o início do ano o município teve 10 casos que deram resultado negativo no exame e outros 8 seguem em investigação, aguardando o resultado dos exames.


Com isso, o município volta a alertar a população para a necessidade de fazer a limpeza de pátios e outras fontes de água que são criadouros do mosquito.


– É importante que as pessoas tenham consciência de que a prevenção requer a participação de todos. Não é uma atribuição do poder público apenas porque este mosquito vive dentro das casas, se cria no pote da comida do cachorro, na beira da piscina, na garrafa jogada no quintal. Limpar estes espaços e evitar que mais ovos se criem e mais mosquitos se desenvolvam é tarefa de toda a comunidade – explica a coordenadora de Vigilância Ambiental, Catiana Lanius.


A Vigilância Ambiental, setor vinculado à Secretaria Municipal da Saúde (Sesa), já está com inspeções reforçadas nos bairros mais atingidos. Os fiscais se apresentam nas residências para verificar focos do mosquito, e se, por questões de segurança, o proprietário quiser conferir, é possível verificar aqui neste link quem são os integrantes da equipe de fiscalização.

Para esta terça-feira, está previsto o trabalho de aplicação de inseticida em áreas de risco dos bairros Alto do Parque, Universitário e São Cristóvão. São produtos específicos para combater o Aedes aegypti, que serão aplicados em espaços de risco, como ferros-velhos e borracharias, que costumam ter pontos de água acumulada. Além disso, nos próximos dias, outro produto será também aplicado nas ruas para intensificar o combate, mas sua eficácia é restrita porque precisa atingir o inseto no ar. No sábado, um mutirão será focado no recolhimento de materiais descartáveis dos pátios dos moradores destes três bairros, além da aplicação de produtos nas ruas e distribuição de panfletos na região. A ação será feita no sábado para aproveitar que muitos moradores estarão em casa e poderão limpar seus pátios. 


– A arma mais eficiente contra o mosquito transmissor da dengue é a colaboração da própria população, eliminando de seus pátios qualquer recipiente que possa acumular água. É nestes locais domésticos, não dentro das áreas verdes ou nos arroios, que está o Aedes aegypti. Por isso reforçamos o pedido de ajuda à comunidade – diz Catiana. 


Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, é um inseto urbano e 80% dos seus focos encontram-se no ambiente domiciliar. Desta maneira, é importante que sejam mantidos todos os cuidados para não que não ocorra a transmissão da doença. Em 2021, já foram encontrados 130 focos de Aedes aegypti nas visitas domiciliares realizadas pelos Agentes de Combate às Endemias de Lajeado. Entre janeiro e fevereiro, três casos suspeitos da doença no município foram descartados após a conclusão dos exames, mas a Vigilância Ambiental segue realizando, de forma permanente, as ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti, sendo executadas principalmente através das visitas domiciliares, que visam eliminar criadouros e orientar sobre as atitudes de cada residente no combate ao mosquito. 


Fique atento aos principais sintomas da dengue:
– Febre alta, maior que 38,5ºC
– Dores musculares intensas
– Dor ao movimentar os olhos
– Mal estar
– Falta de apetite
– Dor de cabeça
– Manchas vermelhas no corpo.
Atenção: Em caso de identificação dos sintomas e suspeita de dengue, procure atendimento médico para realizar o diagnóstico.

Se você for um caso suspeito:
– Procure atendimento médico para avaliar seu caso, encaminhar o exame e ver o melhor tratamento, que geralmente é feito com medicamentos para melhorar os sintomas. A dengue não tem medicação específica.
– Isole-se em casa para evitar ser picado por mosquitos, já que o mosquito se contamina com o vírus e o mosquito contaminado leva a doença para outras pessoas
– Dê preferência para o uso de roupas compridas, que evitam a picada
– Use repelente

Como se proteger e evitar a transmissão:
– Dê preferência para o uso de roupas compridas, que evitam a picada
– Use repelente para evitar mosquitos
– Mantenha fechadas as tampas de vasos sanitários e de ralos pouco usados, como os de áreas de serviço e de lazer, que tenham a possibilidade de acumular água
– Se for viajar, feche também os ralos dos banheiros e a tampa dos vasos sanitários
– Mantenha o pátio sempre limpo, jogando fora o que não é utilizado
– Descarte corretamente recipientes em desuso, que possam acumular água, como: potes, tampinhas de garrafa, folhas, sacolas plásticas, etc.
– Tampe tonéis, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa acumular água
– Certifique-se de que as lonas de cobertura de piscina ou caixas d´água, por exemplo, estejam bem esticadas para não haver acúmulo de água
– Não deixe acumular água nos vasos de plantas
– Mantenha a bandeja de degelo da geladeira limpa e sem água
– Se por algum motivo tiver pneus no quintal, mantenha-os secos e abrigue-os em local coberto, ou descarte-os corretamente se não tiverem utilidade
– Escove bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, vasos de plantas, tonéis, caixas d’água) e mantenha-os sempre limpos
– Faça o tratamento com cloro na água das piscinas


 Para denúncias de focos do mosquito entre em contato com a Vigilância Ambiental pelo fone (51) 3982-1216.

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