Festival de Música de Teutônia também é experiência para quem já é renomado

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Alexandre Ribeiro ministra as aula de clarinete / Crédito da foto: Paloma Griesang

Engana-se quem pensa que o momento é enriquecedor apenas para aqueles que estão aprendendo. O Festival também traz novas experiências e aprendizado para quem se propõem a ensinar. O evento contou com grandes nomes da música nacional, professores renomados em suas áreas.

A proposta é sempre inovar e trazer novos nomes em relação aos festivais anteriores. Por isso, sempre há aqueles que participam pela primeira vez. E a impressão, em sua maioria, é sempre boa.

É o caso do professor Alexandre Ribeiro. Ele veio de São Paulo para dar as aulas de clarinete, e se surpreendeu com o que encontrou. “Fiquei surpreso em ter um festival tão lindo, tão grande, com tantos instrumentistas, instrumentos e variedades de cursos. Foi uma grande alegria receber o convite do pessoal para dar aula de clarinete e falar um pouco de música brasileira. E também por receber alunos tão empolgados para fazer aulas. Muito honrado pelo convite”, avalia.

Para ele, o festival de Teutônia atendeu a todas as expectativas criadas. “Superou as expectativas. Temos uma experiência de festival que é encontrar na mesma classe, níveis diferentes de alunos. Trabalhar desde o iniciante, na mesma sala com o aluno que já toca bem é desafiador, porque você precisar criar propostas que sirvam para todos”, explica.

Mesmo com esse desafio, o resultado é positivo. “Todos respondendo super bem, atingindo a meta que propomos na sala de aula. Expectativas superadas desde a produção, da qualidade do festival até a qualidade e empenho dos alunos”, afirma.

Ribeiro aponta ainda que o Festival é muito importante para todos. “Para os alunos porque conhecem outros professores, sons, músicos, conseguem ver de perto os professores tocando para valer. E para nós, professores, é uma experiência que aumenta, vamos ficando mais experientes, criando material para trabalhar nos próximos festivais. É muito bacana, muito produtivo”, opina.

O que faz querer voltar

Mas há também os professores que já participam de mais de um festival. Entre eles, o que mais vezes participou foi Pedrinho Figueiredo, sendo que o primeiro foi em 2015.

Desde sua primeira participação, além de ter atuado como professor de flauta, ajudou também a aprimorar o evento com sugestões e contribuições nas reuniões de planejamento, até se tornar o diretor artístico do Festival.

Para ele, um dos pontos que mais emociona é o envolvimento e a forma como a comunidade abraça o projeto. Desataca ainda ser muito interessante que uma escola particular tenha o interesse de oferecer muito além de apenas o serviço de educação básica, ofertando 11 professores de música. “Vi que aqui há uma filosofia de formar melhores cidadãos e usam a arte e a música com grande ênfase nessa estratégia”, considera.

Para ele, interessa muito ter um público qualificado que conheça arte, música e que conviva com música, sendo sensível. “Todos esses componentes, mais a comunidade recebendo as pessoas em casa, acho isso belíssimo, de uma solidariedade e reconhecimento também ao trabalho do CT. Por tudo isso, eu digo, me interessa estar neste lugar”, pontua.

Ele reconhece ainda a importância do Festival na formação dos alunos. “Eles estão vindo aqui ter aula com grandes nomes”, reforça. Destaca que todos os professores são de primeira qualidade, se dedicando não apenas à música, mas sendo também professores com histórico de docência. “Trouxemos nomes que estão acostumados a conduzir. Com capacidade de, em uma semana, se não ensinar, deixar, pelo menos, material suficiente para fazer começar a pensar”, pondera.

Figueiredo comenta ainda a troca entre professores acostumados a lidar com níveis mais avançados, mas que no Festival encontram alunos iniciantes. “Essa curiosidade, esse brilho no olhar de quem está descobrindo, quando ele chega e eles trocam essa energia, que é raro para esses músicos mais experientes, eles também se emocionam e se reconectam com uma realidade que há muito tempo não viviam. Assim, eles acabam também ganhando”, conclui.

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