Fundação Agrícola Teutônia investe em estrutura para produção leiteira na granja

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A construção iniciou há 15 meses / Crédito: Colégio Teutônia / Jonas Hamester / Divulgação

A granja da Fundação Agrícola Teutônia (FAT), entidade mantenedora do Colégio Teutônia, está passando por reformulação. Levando em consideração seu histórico e buscando o equilíbrio entre a viabilidade econômica do projeto e a manutenção de suas atividades como base para os cursos técnicos do educandário. E pensando também no Ensino Superior. Na quarta-feira (21/12) ocorreu a inauguração do novo galpão do tipo Compost Barn, estrutura considerada modelo para a região.

Além do bem-estar animal e ganhos em produtividade leiteira, o projeto também considera questões ambientais, com o recolhimento de 100 mil litros de água da chuva, que poderão ser aproveitados para a limpeza diária das instalações; 200 placas para produção de energia solar; e gerador para casos de emergência.

Em termos de tecnologia, o prédio ainda conta com controle automático de temperatura, ventiladores, sistema de aspersão e raspagem automática de dejetos. Também há uma sala de aula com vista panorâmica para os manejos diários, escritório e demais repartições necessárias para as atividades leiteiras da unidade produtiva.

Segundo o assessor da granja, Jonas Hamester, o espaço da FAT passa a contar com uma estrutura moderna para a produção leiteira, com 2.100 metros quadrados para o confinamento das vacas de leite, capacidade para 75 animais e produção estimada em 2.600 litros de leite por dia, o dobro dos atuais 1.300 litros/dia produzidos por 50 animais em lactação.

Localizada no Bairro Teutônia, em Teutônia, a obra foi iniciada no segundo semestre de 2021. A nova estrutura deve receber o rebanho na próxima semana. Na solenidade de inauguração o coordenador da granja, Felipe Paloschi, apresentou a infraestrutura.

Momento especial
Ao se pronunciar, o diretor do CT, Jonas Rückert, falou em evolução, qualificação dos processos e resultados. “Este novo projeto vem ao encontro da viabilidade do conjunto de ações que acontecem neste espaço, bem como no alinhamento das questões operacionais em detrimento aos projetos futuros”, frisou, reconhecendo as parcerias de muitas empresas “que entenderam que este novo projeto está para ajudar a qualificar pessoas e, consequentemente, o mercado de trabalho”.

Valor das parcerias
O prefeito de Teutônia, Celso Forneck, igualmente fez referência às parcerias. “Ninguém faz nada sozinho. Estamos felizes com o resultado desse trabalho da Fundação e do Colégio Teutônia, investindo em tecnologia de ponta que nos permite elevar o volume produtivo por hectare, fortalecendo o setor primário.”

Nessa mesma linha foi a fala da secretária municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Lídia Dhein. “A cadeia leiteira representa uma importante fatia do desenvolvimento do agronegócio teutoniense. Esse novo espaço, além de contribuir com a produção, trabalha com a qualificação de mão de obra, uma vez que também é uma unidade didática para agricultores e seus sucessores em busca de tecnificação.”

Desenvolvendo o campo e as pessoas
O presidente da Certel, Erineo Hennemann, se disse feliz com o resultado do projeto e pontua que investimento contribui para desenvolvimento das pessoas e da produtividade. “Certamente iniciativas como essa contribuem para o engrandecimento do agronegócio, da produção de alimentos e do desenvolvimento da educação”, acentua.

A Certel Artefatos de Cimento realizou o projeto e a execução da parte civil do galpão, que possui 28m de largura por 75m de comprimento. A Certel Energia teve papel importante na modernização da estrutura elétrica.

O gerente de Fomento do Setor de Leite da Languiru, Mauro Aschebrock, elogiou o trabalho. “A granja do Colégio Teutônia é associada à Languiru. Esse novo empreendimento é motivador e encorajador, repercutindo em ganho de produtividade e formação profissional, fazendo frente ao cenário de dificuldade que alguns segmentos do agro enfrentam”, afirma.

O gerente regional adjunto da Emater, Carlos Lagemann, fez referência à importância da bacia leiteira do Vale do Taquari para o Estado. “O Colégio Teutônia está levando tecnologia para a produção primária”.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Teutônia com extensão de base em Westfália, Liane Brackmann, parabenizou pelo empreendimento. “O Colégio Teutônia está conciliando formação com produção, o estudo técnico profissionalizante na prática.”

Por fim, antes do desenlace da fita inaugural, a pastora Evanice Beise conduziu momento ecumênico de bênção às novas instalações.

Histórico
A granja da FAT passou por inúmeras atividades agrícolas, como produção de grãos, ovos comerciais, tabaco e leite. Várias filosofias de trabalho foram desenvolvidas, traçando caminhos importantes para o progresso das atividades, baseado em resultados econômicos e servindo como principal ferramenta de ensino para a Educação Profissional do Colégio Teutônia.

O projeto de reestruturação levou em consideração os potenciais da granja na atualidade, especialmente seu rebanho leiteiro altamente desenvolvido geneticamente e os cerca de 100 hectares de terra produtiva, ideais à produção de silagem e de grãos.

Infraestrutura atual
Atualmente a granja conta com dois funcionários e cinco alunos-funcionários. Apesar da estrutura enxuta, em 2022 serão produzidos aproximadamente 470 mil litros de leite, com previsão de colheita de 3,3 mil sacos de soja e 1,6 mil toneladas de silagem, além dos volumes de uma possível safrinha, que ainda agrega outros 1,6 mil sacos de soja.

Com a nova estrutura, a FAT/CT terá incremento na produção de leite por animal/dia, o que igualmente contribui para o faturamento anual. “Esses indicadores justificam o investimento, cujo desempenho é possível devido à redução do estresse calórico e uma dieta mais equilibrada, além da equipe de profissionais focada no desenvolvimento da granja”, acrescenta Hamester, citando também o acompanhamento quinzenal de Médico Veterinário para manejos com os animais e de Engenheiro Agrônomo para acompanhamento das lavouras.

Para o futuro, considerando a quantidade de terras agricultáveis, ainda é possível o aumento da estrutura de produção leiteira, podendo alcançar seis mil litros de leite diários com a construção de pelo menos mais um galpão com as mesmas medidas do atual.

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