Poeta estrelense trabalha em terceiro livro após dois anos do último lançamento

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O poeta brasileiro Manoel de Barros escreveu “há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira”. Para Vinícius Knecht (30), essas palavras condizem com a visão que tem de suas obras. Escritor há mais de 10 anos, o autor está moldando seu terceiro livro após dois anos do último trabalho publicado.

A primeira obra intitulada “No mínimo rir, no máximo chorar” foi publicada em 2018 e traz todo o acervo de poemas escritos por Knecht até o ano de publicação. O segundo, leva o título “Tristeza que dá inveja” e foi publicado em 2021 por meio de uma editora. Já para o terceiro livro, o objetivo é manter o trabalho de venda e produção por conta própria

Em busca de reconhecimento
A produção até o lançamento do livro foi fácil quando o assunto é o processo criativo, sobretudo quando o escritor percebeu a quantidade significativa de material que guardava. “Escrever sempre foi natural”, declara.

A editoração da obra iniciou após encontrar uma agência com as melhores propostas e promessas, como a qualidade do livro e da capa. “Foram impecáveis”, afirma. Compartilha ainda que a editora contribuiu para sua ida à Bienal Internacional do Rio de Janeiro de 2019.

Mas as dificuldades com a parceira também começaram nas edições do livro, fazendo o artista buscar uma nova abordagem para a publicação de 2023.

“Eu considero mais difícil publicar um livro do que escrever ele”, reitera. Explica que opinião parte da necessidade de encontrar uma editora com profissionais de qualidade, que não desconfigurem o texto. Considera o processo de ler o livro importante e que deve ser feito atentamente para evitar erros de português, mas “lapidar demais some”.

Com projeto de lançar o terceiro livro, intitulado “me deixo nas mãos da arte”, o escritor deseja primeiramente publicar em formato ebook pela Amazon.

Knecht compartilha que apesar de o valor “ser mínimo, quase que simbólico”, seu desejo é ser lido. Mas apesar disso, a vontade de ter uma obra física permanece.

O livro já está sendo editado pelo autor e a revisão será feita até o fim de janeiro pela mesma profissional que editou as outras duas publicações, Lylian Cândido. A capa também foi feita por uma agência.

“Um espelho não guarda as coisas refletidas”
Todo escritor tem uma fonte de inspiração, Knecht a encontra em sua melancolia, na dor e sofrimento, no amor, não somente o romântico e na arte que sempre consumiu.

O escritor carrega consigo nomes da literatura, música e cinema como referência, como: Leminski, Quintana, Manoel de Barros, Neruda, Fernando Pessoa, Rupi Kaur, Tarantino, Scorsese, Woody Allen, Richard Linklater, Lars Von Trier, Nolan, Paul McCartney, David Bowie, Thom Yorke, Kurt Cobain, Alex Turner, Van Gogh, Edward Hopper, entre tantos outros.

Pensando antes apenas em publicar seu livro e ser um “poeta de verdade” ou um “profissional da poesia”, hoje Vinícius tem objetivos para seu trabalho. “Vender muitos livros, para atingir o máximo de pessoas e divulgar a minha arte, ter o engajamento, e, por fim, ter reconhecimento”, afirma.

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