Gaúcho vai do Alasca a Ushuaia sobre duas rodas

1994
Edson Heck é o novo secretário de Administração de Imigrante / Crédito: Divulgação

Certa vez alguém disse “um grande motociclista não é lembrado pela moto que pilota, mas pelas façanhas que realiza”. Para Ricardo Lugris, essa frase faz jus a sua trajetória. O motoqueiro já percorre o mundo de moto há 40 anos, mas foi depois de se aposentar, em fevereiro de 2022, que tem feito viagens mais longas ao redor do mundo.

Recentemente Lugris decidiu fazer uma viagem com partida do Alasca a Ushuaia, cidade na Argentina. Segundo conta, a jornada já estava programada há muitos anos, inicialmente com intuito de dar a volta ao mundo, mas após a pandemia e o conflito entre Rússia e Ucrânia, e adversidades nas fronteiras impediram o prosseguimento do plano.

A rota atual está sendo seguida desde junho do ano passado. O Brasil será o capítulo final da viagem. “Daqui eu vou avançar para o norte, espero ir até Belém do Pará pela costa, voltando pelo interior até enviar a moto de Montevidéu de volta para a França”, compartilha.

Ele descreve que o descolamento é simples. Retrata que “viajar de moto pelo mundo é abastecer, montar e partir”, sem grandes preparações, exceto pela disposição de tempo e recursos. “Eu considero um privilégio poder fazer esse tipo de viagem”, afirma.

E a bagagem?

De acordo com o motociclista, a questão da bagagem muitas vezes preocupa mais as mulheres, sobretudo em relação a necessidades e imprevistos, mas nesse caso, a viagem é despojada então algumas camisas polo, uma boa bermuda, um jeans e equipamentos para casos de emergências são suficientes.

Fazer parte da paisagem”

Para Lugris, viajar com esse tipo de veículo leva o condutor ao interior do caminho. Não se compara a um passeio de carro focado em sair do ponto A para chegar ao B, pois a chegada não é o mais importante, mas sim o trajeto e estar exposto aos elementos. “Reúne uma série de pontos que ilustram a alegria de viajar com esse veículo tão estranho que se equilibra em duas rodas”, diz.

Compartilhar gostos e vivências

O empresário teutoniense Alexandre Gehardt também tem paixão pelo motociclismo e partilha do mesmo gosto por viagens de moto. Ele comenta sobre experiências e amizades conquistadas devido à acessibilidade para com os viajantes, seja auxiliando com hospedagens ou disponibilizando sua residência para os mesmos. “Nossa casa é uma casa de portas abertas aos viajantes. O Ricardo não foi o primeiro a passar lá em casa e não será o último, isso é uma rotina”, salienta.

Ricardo Lugris é também autor dos livros “Tempo em equilíbrio” e “Montar e partir”, disponíveis na Amazon. “Gosto de registrar o que eu vivo, isso ilustra muito o meu percurso”, finaliza.

- publicidade -