Na Acil, especialista incentiva internacionalização de empresas brasileiras através de Portugal

Benício Filho foi o palestrante do evento realizado nesta quarta-feira (14/6).

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Palestrante explicou como as empresas podem iniciar o processo de internacionalização. Crédito: Lucas Santos / AI Acil

“Ao internacionalizar uma empresa, estamos, além de conquistando novos clientes, aumentando o valor de marcado dela.” A afirmação foi feita pelo country manager Brasil da Atlantic Hub, Benício Filho, ao falar sobre os benefícios da internacionalização de empresas brasileiras através de Portugal.

Acompanhado da vice-cônsul do país no RS, Maria Filipa Mendonça, e do presidente da Câmara de Comércio Brasil Portugal (CCBP) RS, Marco Antônio Borba, ele foi o palestrante da reunião-almoço promovida nesta quarta-feira (14/6) pela Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil).

Ao iniciar sua exposição, Filho contextualizou que a internacionalização das empresas é diferente da exportação dos produtos fornecidos por ela. “Ao internacionalizar estamos, na prática, marcando presença em outro país e, para isso, é necessário entender o mercado e a cultura do país para o qual pretendemos levar as nossas organizações”, explicou.

De acordo com o palestrante, na internacionalização, Portugal tende a oferecer melhor adaptação às empresas brasileiras por utilizar o mesmo idioma, ter um custo de vida equilibrado e facilidades fiscais. “Além de oferecer mão-de obra qualificada, o país conta com uma grande comunidade de brasileiros instalados e isso pode facilitar o processo de implementação das empresas no país”, acentuou.

Processo

Segundo Filho, antes de realizar a internacionalização das empresas é necessário desenvolver estudo e planejamento para prepará-la para a entrada no mercado estrangeiro. “Precisamos entender a cultura local do local para onde vamos levar essa empresa e, principalmente, se vamos ter sucesso instalados em outro país”, destacou.

O palestrante alertou que, no caso de falha neste processo, a empresa corre o risco de enfrentar dificuldades financeiras. “A metodologia, sendo aplicada da forma correta, reduz a probabilidade de não ter sucesso, pois empresas que não estudam o mercado, a adequação e receptividade do produto no local da internacionalização correm riscos de queimar recursos”, pontuou.

Pilares de sucesso

Filho apresentou aos participantes alguns pilares que auxiliam os empresários a iniciar o processo de internacionalização. Segundo ele, é fundamental entender o comportamento das pessoas e analisar como elas interagem com os serviços e produtos.

Também é importante compreender o tamanho do mercado e o poder de consumo onde o empresário pretende iniciar a internacionalização.

Ele comentou que a empresa deve estudar suas concorrentes para compreender como estão posicionadas, quanto faturam e como agem no mercado onde projeta inserir-se.

“Portugal tem-se destacado nos últimos anos como um importante polo na indústria de tecnologia. Com isso, as empresas que trabalham com equipamentos eletrônicos e sistemas de segurança ocupam o primeiro segmento no processo de internacionalização”, revelou.

Ao encerrar sua exposição, Filho reforçou a importância de uma análise criteriosa para a tomada de decisão dos empresários. “É necessário uma visão 360º do negócio em Portugal, analisando os pontos fortes e fracos, as ameaças e oportunidades que vamos ter com a internacionalização”, finalizou

CCBP

Em sua fala, Borba destacou que a CCBP está à disposição de empresas que têm interesse em iniciar atuação na Europa. Segundo o presidente, a Câmara atua com a criação e o fortalecimento de relações comerciais entre o Brasil e Portugal.

“A CCBP funciona como uma porta de entrada para os empresários criarem conexões no mercado europeu. Nossa função é promover aos associados a aproximação com os negócios de Portugal para que, juntos, ampliem o relacionamento e se fortaleçam com parcerias”, explicou.

A vice-cônsul de Portugal no RS, Maria Filipa, falou sobre o trabalho do consulado e o crescimento do número de brasileiros que solicitam visto para o país. O documento é obrigatório para brasileiros que pretendem passar mais de 90 dias em Portugal.

“Atuamos em parceria com a Câmara para fortalecer e criar oportunidades para que as empresas brasileiras internacionalizem seus negócios e iniciem essa caminhada através de Portugal”, enfatizou.

Ao final do evento, os palestrantes, acompanhados da presidente da Acil, Graciela Ethel Black, e do presidente da Câmara de Industria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT), Ivandro Carlos Rosa, interagiram com os participantes.

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