Intenção de Consumo das Famílias gaúchas recua em junho

Queda ocorre pelo terceiro mês consecutivo.

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Crédito: Ron Lach / Pexels

A Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) divulgou a Intenção de Consumo das Famílias (ICF-RS) de junho. O indicador é um antecedente das vendas do comércio varejista e de serviços voltados às famílias.

Na margem, houve recuo de 4,1%. Já em comparação a junho de 2022, houve aumento 3,5%. Dessa forma, o índice atingiu os 77,8 pontos, menor resultado desde novembro de 2022 (76,8 pontos). 

Assim como na edição anterior, apenas o indicador de Acesso a Crédito apresentou aumento na margem. O indicador que reflete a segurança com o Emprego Atual intensificou a queda e atingiu os 94,8 pontos (menor resultado desde julho de 2022 – 93,5 pontos). Na comparação com o mesmo período de 2022, houve aumento de 5,7%.

Apesar de o mercado de trabalho ainda se mostrar resiliente neste primeiro semestre, 24,9% dos entrevistados se sentem menos seguros no emprego atual.

Todavia, no ano anterior, esse patamar era ainda maior, de 32,7%. Na avaliação quanto ao patamar da Renda Atual, a queda na margem foi menos intensa do que no mês anterior (-3,2%), mas na comparação interanual também houve recuo, de -5,7%. 

Para o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, a Intenção de Consumo das Famílias gaúchas tem apresentado queda na margem desde abril de 2023. “Praticamente todos os componentes do indicador têm o mesmo comportamento. Um consumidor com uma intenção reduzida é um desafio para as vendas. Sempre é mais difícil vender para alguém com confiança menor, exigindo de lojistas e prestadores de serviço um esforço de venda ainda maior”, comentou. O ICF-RS se encontra abaixo dos 100 pontos desde abril de 2015. 

O indicador de Nível de Consumo Atual teve recuo sensível de 8,5% na margem. Em comparação a junho de 2022, houve aumento de 14,3%. Assim, esse indicador atingiu o nível de 83,2 pontos, o menor desde dezembro de 2022 (81,2 pontos). Nesta edição da pesquisa, 43,2% dos entrevistados seguem afirmando que estão comprando menos atualmente do que no mesmo período do ano anterior. 

A análise completa pode ser acessada neste link, e os dados, aqui.

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