Força tarefa manterá atuação forte em Teutônia após prisões de suspeitos de atentado contra o promotor

Em coletiva, autoridades estaduais e regionais esclarecem Operação Custos Legis, que resultou na prisão de três pessoas.

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Em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (24/8), as forças de segurança do Estado deram mais detalhes sobre a Operação Custos Legis, que efetuou a prisão de três suspeitos de envolvimento no atentado ao promotor de Justiça de Teutônia, Jair João Franz.
Os suspeitos presos pelo crime contra o promotor de Justiça de Teutônia, Jair João Franz, são a advogada Daiana da Silva Toledo, José Isidoro Kovalski e Éder de Souza Lucas. Daiana e Kovalski seriam os mandantes, e Lucas o executor.

Kovalski encontra-se preso, e Daiana era sua advogada. Ambos tinha desavenças anteriores com o promotor. Conforme o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), André Dal Molin, desde a madrugada após o crime, na sexta-feira (18/8), seguiu-se uma linha e que o fato tinha relação com a atuação profissional do promotor.

Ele reforça ainda que o planejamento do crime não envolve elementos fora da Comarca de Teutônia. “Esse atentado está vinculado a atuação profissional do promotor, desde o primeiro dia avançando nessa linha. Sabíamos que tinha essa animosidade entre a advogada e promotor, devido a uma operação que em 2018 o promotor estava a frente, e ela era CC da prefeitura. A partir daí, na atuação de dia a dia, essa advogada constantemente afrontava o Ministério Público e o Poder Judiciário, desrespeitando o MP, e coletamos provas nesse sentido. Avançamos para juízo de certeza de que a advogada e o apenado estavam envolvidos, em conluio”, explica.

A advogada e o apenado receberam mandado de prisão preventiva, enquanto o provável executor está com prisão temporária. “Até para coletarmos mais elementos sobre a participação dele”, complementa.

A advogada encontrava-se internada em um hospital, mas ao receber alta foi imediatamente encaminhada à delegacia para que se procedesse a prisão. “Ela era advogada do apenado, que respondia processos em que o promotor atuava. São vários fatores, que não podemos abrir agora, mas conduzem que, com certeza, eles viam no promotor alguém que queriam tirar da linha de atuação”, completa.

Conforme o delegado do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco) de Lajeado, Juliano Stobbe, diz que as provas são bastante contundentes, mas que não encerram o inquérito. “Continuamos trabalhando em conjunto, ainda vamos, com certeza, levantar outros elementos, talvez desencadeando segunda fase da operação”, aponta.
A operação dessa quinta-feira (24/8) contou com envolvimento de 90 policiais e mais de 30 viaturas. Conforme as autoridades policiais, o efetivo de reforço deve ser mantido em Teutônia por tempo indeterminado.

O caso de 2018
Em 2018, Franz e Daiana protagonizaram uma desavença. Franz teria apreendido o celular de Daiana e dado voz de prisão a ela alegando que a advogada estava o fotografando durante um jogo de futebol com a intenção de coação devido aos acontecimentos da Operação Schmützige Hände. À época, Daiana era procuradora jurídica do Município. Já Daiana, alegava que tinha sido agredida pelo promotor. O episódio resultou na exoneração da advogada do cargo municipal.

Veja a coletiva na íntegra

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