Prefeitura de Lajeado forma mais de 600 alunos no programa de reforço escolar Alfabeletrando

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Formatura aconteceu nessa quinta-feira (31/8), no Teatro Univates / Crédito: Laura Mallmann / Divulgação

A formatura da segunda turma de alunos que participaram do programa de reforço escolar do Laboratório de Alfabetização – Alfabeletrando aconteceu nessa quinta-feira (31/8), no Teatro Univates, em Lajeado. Mais de 600 alunos participaram do programa criado pela Univates e contratado pela Secretaria de Educação (SED) de Lajeado. O programa teve sua primeira edição em 2022 e tem como foco o processo de ensino-aprendizagem de alunos das Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs) em fases de alfabetização, que tiveram a aprendizagem prejudicada no período da pandemia de covid-19.

“O projeto Alfabeletrando veio para somar ações que já eram pensadas dentro das escolas pelos nossos profissionais, mas que a gente também vinha observando que sozinhos não dávamos conta. Nas salas de aula são 25 alunos e como dar atenção para as dificuldades individuais apresentadas pelos nossos alunos? E daí, veio o nosso olhar atento. O que mais poderíamos fazer para somar a esse esforço? E chegou o programa Alfabeletrando. O resultado está aqui com os alunos formados. Sempre vamos buscar estratégias para criar oportunidades para que nossos alunos aprendam com qualidade”, avaliou a secretária de Educação, Adriana Vettorello.

O programa consiste em aulas de reforço no turno inverso da rede municipal com aulas conduzidas por uma equipe de professores e monitores selecionados pela Univates, contratada para executar o programa. Foram atendidos alunos do 3º ao 5º ano que fazem parte do ciclo de alfabetização e foram prejudicados pela pandemia.

“Ao longo da vida nós temos que falar muitos sins e muitos nãos. E quando um ‘sim’, dito lá atrás tem como consequência essa formatura aqui, nos enche de orgulho. Nos mostra que foi um sim muito assertivo. Quando a secretária de Educação nos apresentou esse projeto, logo dissemos sim. Isso oportunizou mais conhecimento para os nossos alunos. E, ver nossos alunos lendo, escrevendo, construindo essa independência, isso não tem preço”, afirmou a vice-prefeita, Gláucia Schumacher.

Participação

A aluna da EMEF São João, do Bairro Jardim Botânico, Emilly Diéssi de Borba, de 8 anos, participa do programa Alfabeletrando pelo segundo ano. Ela conta que aprendeu bastante nas aulas.

“Eu consegui aprender bastante sobre as letras e palavras. Gostei e aprendi muitas coisas novas”, contou Emilly.

A evolução das crianças também foi percebida em casa. A mãe de Emilly, Danielle Hernandes, contou que a filha estava com muitas dificuldades e o programa foi uma oportunidade muito boa.

“Percebíamos que ela estava com bastante dificuldade nas aulas, e até um certo desânimo por conta disso. Com o projeto, percebemos uma evolução bem grande no desempenho escolar e até em casa”, relatou Danielle.

Professora do Alfabeletrando pelo segundo ano, Gislaine Luisa Saldanha Alves, se disse feliz pela evolução dos alunos.

“Foi uma experiência muito válida. Conseguimos construir com os estudantes grandes aprendizagens. Os alunos conseguiram demonstrar, perceber e responder todas as nossas expectativas. É um programa que emociona nós professores, pois podemos acompanhar a evolução dos alunos de um ano para o outro”, explicou a professora do programa, Gislaine.

Segundo a coordenadora do Alfabeletrando pela Univates, Grasiela Kieling Bublitz, o programa atuou para ajudar os alunos no que fosse preciso.

“Eu cito o português António Nóvoa, Reitor Honorário da Universidade de Lisboa, ‘a aprendizagem precisa considerar o sentido’. E é isso que tentamos fazer nas aulas do projeto. Aulas diferenciadas, considerando as individualidades e a afetividade. Ele cita também que ‘não podemos nos contentar, precisamos refletir sobre o que sabemos e fazemos, sobre as coisas que nos mobilizam’. E o Alfabeletrando é isso. Nos fez refletir, questionar, planejar de outras formas e sentir. Aqui vimos o protagonismo de professores, de alunos e evoluímos como seres humanos”, explicou a coordenadora do Alfabeletrando.

O programa

As aulas ocorreram nas próprias escolas que possuíam salas disponíveis para receber o programa e também na Univates, atendendo às escolas que não possuíam salas disponíveis para as atividades. Todas as 18 EMEFs participaram do programa.

O investimento no programa foi R$ 1.581.745,32. Além deste investimento, a SED também forneceu transporte até a Univates e lanche para todos os alunos.

A Univates elaborou um vídeo para mostrar como funciona o projeto e como foram os resultados do programa. Clique aqui para assistir.

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