Grupo de Trabalho do Leite retoma atividades com foco na crise da importação

O GT foi criado em 2017 e estava com as atividades interrompidas desde o início desta Legislatura. 

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Crédito: Carolina Jardine / Divulgação

Restabelecido na tarde de sexta-feira (1º/9), o Grupo de Trabalho do Leite da Assembleia Legislativa focará sua atividade na elaboração de propostas e iniciativas que ajudem o setor a enfrentar o momento de crise decorrente da importação desenfreada de leite do Prata.

Uma primeira reunião de trabalho deve ser realizada na primeira quinzena de setembro e será coordenada pelos deputados Zé Nunes e Elton Weber. 

O GT foi criado em 2017 e estava com as atividades interrompidas desde o início desta Legislatura. Segundo Zé Nunes, o momento é ideal para a retomada dos trabalhos, tendo em vista a crise que reduziu em 60,78% o número de produtores na atividade, em 34,47% o número de vacas e em 8,91% a produção no Rio Grande do Sul. “A tarefa não é pequena. É preciso definir o que o Estado quer desta atividade”, disse Nunes.

Elton Weber reforçou a urgência de buscar soluções efetivas. “O parlamento gaúcho tem obrigação de fazer este trabalho andar e, junto com a indústria e os produtores, pautar o setor público. Temos obrigação de fazer isso nesse momento crítico para o mercado de leite. Precisamos de uma política de apoio ao produtor”, acrescentou. 

Representando a indústria, o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, indicou que o setor tem problemas estruturais que, em momento de crise como agora, ficam maximizados. O pior cenário vivem aquelas famílias que investiram em tecnificação e agora têm contas a pagar. “Toda crise sempre nos motiva a pensar diferente. O GT debate o hoje, mas também vai nos ajudar a pensar o amanhã. O grupo é bem-vindo e certamente trabalhará com pautas pertinentes ao setor lácteo”, indicou.

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