“Barragens não prejudicam, e sim ajudam a segurar a água”, diz diretor da Certel

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Crédito: Lucas Leandro Brune

O diretor da Certel e vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas, Júlio Salecker, falou à Rádio Popular na manhã deste sábado (9/9) sobre a recente questão envolvendo uma possível abertura de comportas da barragem da Ceran, em Bento Gonçalves, que poderia ter aumentando o nível dos rios e provocado a maior enchente da história do Rio Grande do Sul.

Segundo ele, esse fato é infundado, uma vez que barragens auxiliam na retenção, evitando que grandes quantidades de água escoem pelos rios.

“Primeiro, não houve rompimento de nenhuma barragem, que seria o problema maior. Aí realmente ela interferiria na cheia. Segundo, com as barragens nós temos retenção de água, por mais que a maioria não seja de acumulação. Terceiro, que a barragem não é lá em cima em Bento, mas sim aqui embaixo, um pouquinho acima de Santa Tereza, na área rural de Bento”, conta.

Falando especificamente da barragem da Ceran, ele explica que elas retiraram um grande volume de água do pico da cheia. “Elas ajudaram a retardar a chegada da água. A cheia vem numa onda, a água vem se concentrando e chegando, e quando ela chega em barragens, estas retêm boa parte dessa água, por mais que sejam centímetros. Pra quem não teve a sua casa inundada por cinco centímetros, que seja um centímetro, é válido, né?”, questiona.

Para Salecker, “o que interessa é que, se a água passou daquele ponto ali onde está a barragem, mesmo com a abertura de comportas, é muito menor do que a água que teria passado ali se não tivesse a barragem. Isso é o que nós temos que entender”, frisou.

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