Meta da Aegea é tratar 90% do esgoto do RS até 2033

Esta meta é exigência do Marco Regulatório do Saneamento Básico

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Palestrante Fabiano Dallazen detalhou como será o trabalho da empresa no Rio Grande do Sul // Crédito: Lucas Santos / Divulgação

“A falta de tratamento de esgoto adequado provoca uma série de transtornos para a comunidade. Existem estudos que comprovam que a cada R$ 1,00 investido no saneamento básico, são R$ 4,00 de economia na área da saúde.” A informação foi do diretor de Relações Institucionais da Aegea Saneamento, Fabiano Dallazen. Ele explicou como será o trabalho desenvolvido pela empresa que arrematou a Corsan.

Dallazen palestrou na reunião-almoço (RA) promovida pela Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) e pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT), nesta terça-feira (26/9), na sede social da Univates.

Fabiano Dallazen apresentou dados do Instituto Trata Brasil: atualmente, 35 milhões de brasileiros não possuem acesso à água potável e 100 milhões não contam com coleta e tratamento esgoto. Os indicadores são responsáveis, anualmente, por 260 mil internações por doenças gastrointestinais.

“A ampliação da cobertura de água e esgoto traz benefícios para a saúde pública e para o meio ambiente, pois com isso será possível diminuir o número de internações causadas por doenças de veiculação hídrica”, explica.

Trabalho atenderá exigência legal

O palestrante informou que a empresa trabalha para atender às metas do novo marco do saneamento básico, que são, até 2033, ter 99% de cobertura de água potável e 90% de coleta e tratamento de esgoto para os gaúchos. Estes números são exigência da Lei nº 14.026/2020, que atualiza o Marco Regulatório do Saneamento Básico.

“Para conseguir atingir essas metas, são necessários R$ 1 bilhão a mais em investimentos além do valor que a Corsan vem realizando historicamente”, comentou. Ainda segundo Dallazen, sem esse valor, até o mesmo prazo, apenas 48% do esgoto seria tratado.

Para minimizar os transtornos provocados pela falta de água e os desperdícios de água potável em vazamentos, Dallazen explicou que a Aegea investe em tecnologia e automação para ter o controle em tempo real de todas as redes de distribuição. “Em cada estado que atuamos, nós temos um centro de operações que trabalha 24 horas por dia nos sete dias da semana. Lá, nós temos um grande painel onde é possível monitorar toda a rede de distribuição e localizar de forma mais rápida problemas de vazamento e obstrução para oferecer um serviço mais ágil e eficaz”, explicou.

De acordo com o palestrante, no Rio Grande do Sul este centro está sendo montado em Porto Alegre, onde fica a base central da empresa. Após entrar em funcionamento, ele vai diminuir dos atuais 42,9% para menos de 15% o índice de perdas de água potável em função de vazamentos. “O centro de operações de Porto Alegre vai monitorar, em tempo real, todas as ocorrências envolvendo pressão, vazão, vazamentos, rompimentos e, principalmente, desabastecimentos dos 317 municípios de atuação no RS para uma resposta mais rápida”, finalizou.

O vice-presidente regional da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) no Vale do Taquari, Renato Lauri Scheffler, ao saudar o convidado e os participantes na abertura do evento, comentou que a entidade lançou o manifesto “Que Estado queremos comemorar em 2035 nos 200 anos da Revolução Farroupilha?”. “Nossa proposta é legar um Estado rico em oportunidades e que oferece qualidade de vida para quem vive aqui. A chegada da Aegea vai contribuir para o crescimento e desenvolvimento do nosso RS”, destacou.

Aegea manterá nome Corsan

A Aegea é uma holding com 13 anos de trajetória e considerada líder em saneamento no Brasil. Ao todo, conta com mais de 16 mil funcionários que atuam em 512 cidades de 14 estados. Em sua atuação, a empresa é responsável por atender 32 milhões de pessoas com serviços de água e esgoto.

Fabiano Dallazen explicou que, no Rio Grande do Sul, após realizar um estudo e ouvir mais de duas mil pessoas, a holding optou por manter o nome Corsan na continuidade dos serviços. “Nós vamos utilizar a marca Corsan para potencializar, no Rio Grande do Sul, o serviço que é realizado pela Aegea nos outros estados. Decidimos manter esse nome pela força e pelo significado que ele já tem para os gaúchos”, justifica.

Ao final do evento, acompanhado de Scheffler e do vice-presidente de Relações Institucionais da Acil, Nilto Scapin, Dallazen respondeu às perguntas dos participantes.

Scapin (e) Dallazen (c) e Scheffler interagiram com o público // Crédito: Lucas Santos / Divulgação
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