Escritor lança edição atualizada de livro com história da Cooperativa Dália

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Charles Tonnet (c) ao lado dos presidentes da Dália: Gilberto Piccinini (e), presidente do Conselho; e Carlos Alberto de Figueiredo Freitas (d), presidente executivo // Crédito: Lucas Leandro Brune

Destemidos fundaram a Cooperativa Dália em 1947. O escritor Charles Tonet e a mãe Tânia (in memoriam) captaram esta mensagem ao escrever o livro dos 70 anos da cooperativa, em 2017. Em 2024, por meio de financiamento cultural, Charles Tonet acrescentou cerca de 30 páginas ao trabalho para fazer a segunda edição. O lançamento de Destemidos – 2ª edição revisada e atualizada – foi na noite de sexta-feira (26/4), no auditório do prédio 7 da Univates, em Lajeado.

A obra retoma a jornada dos precursores de Rochdale em 1844 para chegar ao empreendedorismo neocooperativista da Dália Alimentos. O livro tem fundamentação teórica, contextualiza a formação cultural e retrata um novo modelo de fazer cooperativismo. A construção do texto une história a um toque literário para aproximar do leitor.

O escritor Charles Tonet explicou à reportagem que o leitor encontrará dois eixos de conteúdo: a história do cooperativismo desde Rochdale em 1844 até o momento presente. “É um apanhado crítico sobre a história do cooperativismo, trabalhando personagens fictícios. Trabalhamos com uma reflexão sobre as fases do cooperativismo: doutrinário (inicial), o neocooperativismo (empreendedorismo atual) e uma provocação com visão de futuro”, explana.

“Para fazer isso, usamos como gancho a história da Dália, porque dentro do ramo agrário é uma das fundadoras ou expoentes do neocooperativismo por passar por todas essas fases. Então, é o case perfeito para juntar esses dois eixos de conteúdo”, salienta Tonet.

A atualização desses 7 anos agrega conteúdos sobre os condomínios leiteiros, o projeto asa do frango de corte, que “são o novo arranjo de associados da Dália. Uma mudança na relação entre o cooperado e a cooperativa. E a gente tenta retratar esse novo momento da Dália e fazer uma análise sobre essa nova relação”, complementa.

O presidente do Conselho de Administração da Dália, Gilberto Piccinini, avalia a obra relevante para registrar o histórico do cooperativismo. “É resgatar a história para entregar às próximas gerações não só uma empresa ou projeto cooperativo, mas sim uma história de sucesso, de dificuldades, se superando em cima da vontade que os destemidos tiveram”, destaca.

O presidente executivo da Dália Alimentos, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, falou sobre a ponte entre o passado e o futuro. “Temos o hábito de escrever e registrar pouco. Quando os fatos são registrados, as futuras gerações podem se motivar novamente e saber onde estão os valores da comunidade. Dentro da Dália, entendemos que os fundadores estavam envelhecendo e falecendo; os herdeiros já estavam envelhecendo; e nós como quase terceira geração tínhamos que registrar enquanto tivessem memórias claras para ficar registrado de forma correta. Quando você se debruça, você revive a história”, comenta.

O pró-reitor de ensino da Univates, Tiago Weizenmann, considera “a obra um marco do cooperativismo do Vale, porque dá capilaridade à cultura”.

Antes do lançamento na Univates, o dia foi de oficina sobre conteúdo do livro, com história do cooperativismo trabalhada com estudantes de três escolas municipais. O hall do prédio 7 também contém uma exposição em fotografias. O livro é gratuito. A obra também terá eventos de lançamento na Unisc (Santa Cruz do Sul), UCS (Caxias do Sul) e na Assembleia Legislativa (Porto Alegre).

O projeto da 2ª edição do livro Destemidos, revisada e atualizada, foi uma realização de Affecto Assessoria e Produção Cultural, por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). Contou com patrocínio de Casa, Baldo, Bremil, Cargill, Girando Sol, Docile e Diamaju.

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