Candidatos falam sobre propostas para grupos de canto coral de Teutônia

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Encontro aconteceu no Centro Administrativo com apresentação do Coral Municipal e do projeto Um Novo Cantar // Crédito: Júlia Amaral

Em busca de apoio para fortalecer a cultura da música na cidade, a Associação dos Coros de Teutônia (Acote) promoveu um encontro com os candidatos à prefeitura para ouvir propostas e apresentar os desafios enfrentados nos últimos anos. A reunião ocorreu na manhã de ontem (27/9) no Centro Administrativo e teve a apresentação do Coral Municipal e das crianças do projeto Um Novo Cantar.

Segundo a associação, a pandemia foi um dos fatores que mais impactou o enfraquecimento do canto coral na cidade. Em 2020 eram mais de 400 cantores, número que diminuiu para 284 até o ano passado, sendo a maioria dos coralistas com idade entre 60 e 80 anos. A quantidade de grupos ativos também reduziu, passando de 41 para 22 em três anos.

Fabiano Eckel, presidente da Acote, lembra que os grupos sempre foram autossuficientes, mas sente cada vez mais a necessidade de apoio do poder público, inclusive para a retomada de equipes que encerraram as atividades. “Por isso esse momento é importante para nós, porque vamos ouvir os candidatos sobre suas ideias e propostas. Nos preocupamos em manter um título tão importante como o de Capital Nacional do Canto Coral”, comenta.

Depois das apresentações musicais, Eckel elencou quatro questões a ser respondidas pelos candidatos: quais os planos para fortalecer o canto coral; se podem contar com a continuidade do projeto Um Novo Cantar; como será o repasse de verbas para os grupos e como fortalecer o título recebido em 2017.

Insegurança entre coralistas

O medo de que a tradição seja esquecida em um futuro próximo assombra os coralistas. Há duas décadas, Viltson Wiebusch canta no coral de Linha Clara, que suspendeu as atividades por dois anos. Hoje, como presidente do grupo, ele entende que o apoio do poder público é fundamental para manter a atividade fortalecida.

“Por dois anos ficamos sem ensaios, sem cantos e não atendemos nem os compromissos da comunidade. Ficamos sem promoções para arrecadar custos também. Só este ano é que conseguimos fazer a ‘rifa da colônia’, que vamos sortear no domingo. Somos autônomos, mas dependemos muito do poder público para nos manter”, conta.

A esposa e a mãe de Wiebusch também fazem parte da equipe, que agora se apresenta em velórios, confirmações e bailes de kerb. Apesar do receio, o coralista mantém a esperança na valorização da cultura. “Sem mais empenho público, os dias estarão contados e o título da cidade que canta e encanta vai cair por terra”, ressalta.

As propostas dos candidatos

Uma das preocupações compartilhadas entre os candidatos é com a renovação dos grupos. Todos reforçam o compromisso de manter o projeto Um Novo Cantar, que surgiu no ano passado e tem a participação de mais de 100 crianças em sete escolas.

Para Renato Airton Altmann, a criação de corais estudantis é fundamental, assim como a formação de novos profissionais. “Temos a obrigação de buscar recursos estaduais e, para isso, precisamos capacitar lideranças”, afirmou. A percepção é compartilhada por Celso Aloísio Forneck. “Temos que começar pelas crianças. O caminho é esse. Ele precisa ser trilhado, passo a passo”.

Para Aline Röhrig Kohl, o canto coral também é uma possibilidade de dar visibilidade para o município e por isso precisa ser valorizado. “A gente chega com um olhar muito especial, dando a possibilidade de que vocês levem o nome de Teutônia para fora”, ressaltou. Em função de outra agenda, Dr. Renato Dreyer e Júlia Renata (PT + PCdoB + PV) foram representados por Roseli Schneider, que afirmou que o desejo de “criar projetos para grupos e corais se apresentarem na Rota Germânica. Temos pontos muito importantes de turismo, e, como somos a Capital Nacional, isso precisa ser mais explorado”.

Jonatan Brönstrup quer reafirmar Teutônia como a Capital Nacional do Canto Coral. “Por isso, vamos trabalhar fortemente na criação de um festival nacional do canto coral e, por que não, um festival internacional. Assim, muitas pessoas de várias partes do Brasil e do mundo virão até Teutônia conhecer essa arte”, afirmou.

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