Prefeita e vice de Lajeado detalham ações e projetos aos empresários

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Prefeita e vice-prefeito apresentaram slogan de trabalho // Crédito: Lucas Leandro Brune

A prefeita Gláucia Schumacher e o vice-prefeito Guilherme Cé palestraram na reunião almoço de abertura das atividades da Associação Comercial de Lajeado (Acil) ao meio-dia desta quarta-feira (19/2). Apresentaram as ações nos primeiros 50 dias de governo e as prioridades do ano. A ênfase será o mote “Lajeado, aqui é nosso lugar”.

O propósito é conciliar o “básico” com os “desafios estruturais” da maior cidade do Vale do Taquari e seus mais de 96 mil habitantes (estimativa IBGE). A construção civil registrou novo recorde, com mais de 368 mil metros quadrados aprovados no ano passado.

“Fazer o básico bem feito é meta nossa: ter início, meio e fim. Se não está programado até o final, onde vai chegar, nem começa, porque fica tudo pela metade”, disse Gláucia. Ela se refere ao cordão das calçadas pintadas, calçadas sem desníveis, ruas limpas, praças bonitas, sinalização, entre outros.

Os Macro Compromissos são: reconstrução e prevenção da cidade, cuidados com a cidade e infraestrutura e mobilidade. “Temos uma cidade pequena com muitos habitantes. Somos a 9ª cidade em densidade demográfica [número de habitantes por quilômetro quadrado]. São demandas a trabalharmos fora do comum do dia a dia”, explicam.

Os norteadores serão: Visão de futuro; Transparência e eficiência; Diálogo e união; Resiliência e capacidade adaptativa; Lajeado cidade polo.

Reconstrução e prevenção

Neste eixo, o governo de Lajeado prepara trabalhos como Desassorear RS, preservação do Centro Histórico, estudo da Univates e parque linear do Rio Taquari. “Transformar áreas alagáveis em parques. Não abandonar o centro, mas modificar o modelo de ocupação, como o primeiro piso da prefeitura. Na educação, se uma nova escola leva 2 anos para ser construídas, as crianças colocamos onde neste período? Então, locamos um espaço para atender essas crianças”, explanam.

Infraestrutura e mobilidade

Concessão da ERS-130 e RSC-453 pelo bloco 2 – “O trem está passando de novo e não podemos deixar passar. Não vai existir obras sem pedágio. Não existe de graça. Veio em modelagem nova e mais atrativa. A grande discussão é a tarifa; precisamos conseguir valor menor. Há a discussão de obras, porém não tem como adiar por muito tempo a concessão e ficarmos à mercê de obras. Só crescemos com desenvolvimentos das vias”, explicam.

Quanto a revisão contratual da concessão da BR-386, as obras estão atrasadas e a cada 5 anos ocorre a revisão do cronograma. “A ponte do Rio Taquari foi apontada como primordial entre Lajeado e Estrela, porque é lá que está a concessão. Podemos fazer outros estudos, mas temos que garantir esta obra”, sinalizam.

Drenagem pluvial – Município define os locais e o projeto contratado para macrodrenagem do valão. “Será a primeira obra e muitas, inclusive passam embaixo de casas”, expõem.

Obras e ampliações viárias – Para onde vamos andar? Como chegar em cada bairro? É um estudo de vias de ligação para ampliar e abrir vias. Abertura de ruas, custa caro, inclusive as interrompidas. Para minimamente circular, porque a cidade não para de crescer.

PPP Iluminação pública em termo de cooperação do BRDE – A modelagem em 2021 ficou em análise, quando foi à licitação ficou deserto e hoje o projeto não está mais adequado. A intenção é colocar em discussão e licitar novamente. “A ideia é ter operador privado na iluminação pública”, sinalizam.

Reestruturação do setor de projetos especiais e fiscalização de obras – “Ter player para fiscalização das obras”.

Cuidados com a cidade

A criação da Secretaria de Serviços Urbanos tem este papel. “Temos grandes obras, mas preciso pensar nas pequenas ações: ruas sem buracos, iluminação, adoção e concessão de parques e praças, Lajeado mais verde. Muitas iniciativas virão pela interação do privado com o público”, sinaliza a prefeita.

Educação, Saúde e Segurança

Educação – “Não podemos descuidar do essencial”, destacam. Há a construção de três novas Emeis e uma nova Emef. Quanto às vagas compradas da rede privada, “se tivesse 1.000, a gente compraria. Não surgiram novas escolas privadas”, destacam.

Saúde – Centro Mulher Materno Infantil, reforma da UBS Montanha

Segurança – Guarda Civil Municipal, ampliar videomonitoramento, nova Central de Polícia e continuar com operações integradas.

Desafios imediatos

Contrato da Corsan – “Não aceitaremos a proposta feita no ano passado. Os termos não serão aceitos. Só assinaremos se vierem outros termos. Temos reunião com Ministério Público, com fórum das entidades e associações de bairros. Tem que resolver. Temos 1% de esgoto tratado e ninguém dá bola. O lixo já estourou. Quando explodir lá em baixo, não tem tempo para resolver. Precisamos tratar o esgoto, apesar de ninguém querer mexer”.

Estacionamento rotativo – “A ideia é modificar lei, antes de renovar por mais um ano, inclusive ouvindo o fórum das entidades e Câmara de Vereadores. Se a empresa entregar com essas mudanças, aí poderemos pensar nos 8 anos adicionais. Em 2026, renova o prazo total ou licita totalmente. Se não tiver [rotativo], Lajeado entra em colapso”.

Coleta de Lixo – “Há acúmulo de lixo pela cidade. O contrato finaliza em abril e não pode mais ser renovado. Temos que licitar contrato novo, com termo de referência. Este aqui não funciona mais pelo tamanho da cidade. Contrataremos estudo para dizer como resolver o problema do lixo. Há hipótese de contêineres, porque falta mão de obra. Será necessário contrato emergencial – qual empresa quererá assumir isso? Teremos que enfrentar. Ou pego o mesmo estudo de 10 anos atrás e licito. Ou faço novo estudo e vejo a situação atual”.

Parque do Imigrante – “Teve promessa de tentar fazer, dependendo do valor, estamos na fase de orçamento. Buscando recurso porque é obra vultuosa, de R$ 15 a 16 milhões. Colocando a defesa civil na estrutura e pleitear recursos do estado para contribuir com a estrutura da defesa civil. Quando acontece a crise, toda a região vem para Lajeado e a estrutura colapsou. precisamos de local melhor estruturado. Não é só enchente. Tem ajustes no projeto para efetuar o protocolo no governo do Estado para incluir no Plano Rio Grande – retomada econômica e reconstrução. Quem está tocando é a Agil.”

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