Tradicional no futebol amador de Westfália e região, o Esporte Clube Juventude da Berlim, de Westfália, foi fundado em 7 de dezembro de 1963. Chega para a disputa do Campeonato Intermunicipal Sicredi Certel 2025 com o apoio da comunidade de Linha Berlim e com a aposta nos jogadores da casa. O clube, muito vitorioso no passado, tenta retomar o caminho das vitórias, das boas campanhas e dos títulos que já trilhou há alguns anos.
O atual presidente do Juventude, Clécio Spellmeier, é sócio desde a infância do clube, passou por diversas funções na diretoria e também foi jogador. Ele relembra os tempos de construção do gramado do Estádio da Berlim, em 1982, e a participação em inúmeros campeonatos e torneios.
Spellmeier destaca a importância das competições vencidas nos municípios de Estrela e Imigrante, além das Taças da Amizade e outros torneios regionais. Agora, o clube tem um novo ginásio e um campo mais estruturado, o que é motivo de orgulho para Clécio.
Treinador, torcedor e também jogador, Léo Kliks aponta que a relação com o Juventude começou na infância. Nascido na Berlim, a apenas 1 quilômetro de distância, morou lá até os 7 anos. Desde pequeno, com 3 anos, já frequentava os jogos, assistia às partidas aos domingos, ajudava a buscar bolas que saíam do campo e fazia barulho na torcida. Essa paixão pelo clube cresceu naturalmente.
Em 1998, a família de Léo se mudou para Teutônia e ele se afastou do clube por alguns anos, especialmente porque seu pai passou a se envolver com outros times. No entanto, em 2016, seu pai retornou ao clube, e ele próprio voltou em 2018 para participar ativamente desde então.
O avô de Kliks também teve um papel importante na história do clube. Não foi um dos fundadores, mas ingressou logo após a fundação e auxiliou na construção do ginásio. Dessa forma, o vínculo com a equipe foi algo natural, presente desde cedo e reforçado ao longo dos anos.
Campo e administração
Clécio atuava como centroavante e lembra dos tempos de jogador desde 1986, quando passou pelo segundinho até se aventurar na categoria Master. Depois de se afastar dos campos devido a lesões, encontrou um novo papel na administração do clube: atuou no conselho diretivo, comissão técnica e, posteriormente, assumiu a presidência.
O Juventude enfrenta desafios constantes assim como outros clubes, especialmente a dificuldade de encontrar pessoas para trabalhar nos dias de jogos. Com uma diretoria reduzida, os membros se dedicam ao máximo para manter o clube ativo, com a colaboração da comunidade e a promoção de eventos para arrecadação de fundos.
Entre os momentos mais marcantes para Clécio, destacam-se o vice-campeonato regional de 1990 e os cinco títulos conquistados no município de Imigrante. Além disso, ele ressalta a necessidade de buscar novas formas de financiamento para o clube, articulando projetos e investimentos externos.
Hoje o Juventude se mantém financeiramente por meio de eventos como jantares, almoços, tardes de jogos da comunidade, apresentações, festas, bailes e outras atividades que geram renda, além do apoio de patrocinadores.
O apoio da comunidade é essencial para o Juventude. Clécio acredita que a flexibilidade e a união são fatores-chave para a sustentabilidade do clube, que busca se manter relevante no cenário esportivo local.
Futebol feminino e categorias de base
O Juventude sempre deu espaço para o futebol feminino. Desde quando criou a categoria, oferece oportunidades para as mulheres, que já conquistaram diversas taças no futsal.
No entanto, segundo Clécio, o futebol de campo feminino enfrenta dificuldades na formação de equipes, principalmente pela necessidade de 11 jogadoras e reservas, diferentemente do futsal, que exige apenas cinco atletas e poucas reservas. Nas categorias de base, o clube oferece espaço para jovens jogarem, com apoio da prefeitura e das escolinhas.
Intermunicipal
A expectativa é de uma boa campanha para o Intermunicipal, com um futebol bem estruturado e equilibrado. A equipe aposta em jogadores conhecidos de Linha Berlim e em alguns reforços de fora para formar uma boa combinação que possa trazer sucesso.
Léo Kliks afirma que a expectativa é sempre chegar à final. Ele reconhece as limitações do elenco Aspirante, especialmente na noção tática, devido à falta de base e experiência em escolinhas dos atletas.
No ano passado, a equipe conseguiu se organizar e chegou à final, mas o título escapou por detalhes. “Perdemos uma final e empatamos a outra. Mas este ano vamos tentar novamente e, quem sabe, conquistar o título”, destaca.
Conquistas
O clube conquistou diversos títulos ao longo dos anos, incluindo a Copa Antártica (1995), a Taça da Amizade (1995 e 2014), a Copa Sicredi (2004) e a Copa Imigrante (1990, 1991, 1994, 1995, 1998 e 2000).
Também foi campeão dos campeonatos Municipal de Westfália (2001, 2002, 2011 e 2012), Regional Aslivata (2016), Municipal Feminino (2012) e Municipal de Aspirantes (2002, 2005, 2006, 2007, 2010, 2011 e 2013).


partidas do Futsal

