Na noite do domingo (22/6), o Paycom Center vibrou como há muito não se via em Oklahoma City. O Thunder encerrou um jejum de 17 anos e ergueu o segundo troféu da história da franquia ao derrotar o Indiana Pacers por 103 a 91, no sétimo e decisivo jogo das finais da National Basketball Association (NBA).
O grande protagonista foi Shai Gilgeous-Alexander, MVP da temporada regular e cestinha da liga (32,7 pontos por jogo), que agora adiciona o título de MVP das finais ao seu currículo. Na decisão, ele anotou 29 pontos, distribuiu 12 assistências, pegou cinco rebotes, aplicou dois tocos e roubou uma bola, cometendo apenas um turnover. Com isso, tornou-se apenas o quarto jogador na história a conquistar os três prêmios em uma única temporada, repetindo feito de Shaquille O’Neal em 2000.
A virada começou no terceiro quarto, quando o Thunder impôs uma parcial de 34 a 20, sustentada por uma defesa implacável que limitou o Pacers a 41,4% de aproveitamento nos arremessos e forçou 23 turnovers, contra apenas oito sofridos. Nos playoffs, essa solidez se refletiu em um net rating de +12,8 na temporada regular – o melhor da liga. A estatística mede a diferença entre pontos marcados e sofridos a cada 100 posses de bola.
O clima ficou ainda mais tenso quando, já na reta final, o Pacers perdeu Tyrese Haliburton. Logo no início do quarto período, ele sofreu uma ruptura no tendão de Aquiles e deixou a quadra visivelmente emocionado, dificultando a reação de Indiana e abrindo espaço para o domínio do Thunder.
Ao longo do ano, o desempenho da equipe foi exemplar: 68 vitórias e 14 derrotas na fase regular — o melhor retrospecto desde a transferência de Seattle, em 2008 — e, somados os 16 triunfos nos playoffs, chegou-se a 84 vitórias, igualando a histórica campanha dos Bulls de 1996–97. Com média de idade abaixo dos 26 anos, o elenco se tornou o segundo mais jovem campeão da era moderna, atrás apenas do Portland Trail Blazers de 1977.
Nas estatísticas avançadas, o Thunder liderou a NBA em eficiência ofensiva (129,2 pontos por 100 posses) e registrou o maior diferencial de turnovers desde 1968–69, com 19,3 forçados por jogo e apenas 12,1 cometidos.
Esse título coroou uma reconstrução iniciada há anos pelo general manager Sam Presti e pelo técnico Mark Daigneault, que apostaram em jovens talentos como Gilgeous-Alexander, Chet Holmgren, Jalen Williams e Isaiah Hartenstein. A combinação de base promissora, defesa sólida e gestão equilibrada foi decisiva para erguer a taça.
Agora, com o troféu em mãos, o Oklahoma City Thunder não apenas encerra um longo ciclo de espera, mas acende a chama de um possível reinado. Em uma NBA cada vez mais comandada por estatísticas e identidade de jogo, este título pode ser apenas o primeiro capítulo de uma nova era de sucesso.
Resultados | ||||
Jogo 1 – 5/6 | ||||
Thunder | 110 | x | 111 | Pacers |
Jogo 2 – 8/6 | ||||
Thunder | 123 | x | 107 | Pacers |
Jogo 3 – 11/6 | ||||
Pacers | 116 | x | 107 | Thunder |
Jogo 4 – 13/6 | ||||
Pacers | 104 | x | 111 | Thunder |
Jogo 5 – 16/6 | ||||
Thunder | 120 | x | 109 | Pacers |
Jogo 6 – 16/6 | ||||
Pacers | 108 | x | 91 | Thunder |
Jogo 7 – 22-6 | ||||
Thunder | 103 | x | 91 | Pacers |