No sábado (5/7), a Escola Estadual de Ensino Médio Gomes Freire de Andrade promoveu a Mostra Científica e Feira do Livro no ginásio da instituição. A atividade ocorreu durante a manhã e reuniu pais, professores e alunos. O tema deste ano foi “Rumo à COP 30: Criando caminhos para a sustentabilidade” e alunos do ensino fundamental ao ensino médio se dedicaram e abordaram a proposta de diferentes formas, artísticas e científicas.
“Agradecemos a participação dos alunos, que se empenharam bastante. Os trabalhos estão bem bonitos e vamos ver como vai ficar até o fim, porque todos querem ir para a próxima etapa”, agradece a vice-diretora Cristiane Wahlbrinck.
A Feira do Livro teve o apoio das Lojas Wessel e também chamou a atenção de muitas pessoas, que adquiriram seus livros e prestigiaram o evento. A união dos dois eventos proporcionou uma experiência enriquecedora para toda a comunidade escolar, conectando conhecimento, criatividade e cultura.
Energia limpa
Como forma de produzir energia limpa, a turma 212, primeiro ano, projetou um pavimento inteligente, capaz de converter passos em energia elétrica. O grupo construiu o método com materiais simples, que acende uma luz ao pisar na estrutura.
“Junto do professor Claudemir Von Muhlen, parte dos alunos fizeram o protótipo funcionar, o que demorou bastante e foi praticamente um quebra-cabeça para todo mundo”, explica a estudante Ana Laura Akwa. “Para mim, foi uma experiência bem divertida, conseguimos integrar toda a turma com diferentes afazeres e entregar o projeto na data esperada”, comemora Ana.

Turma 212 mostrou o funcionamento de um pavimento inteligente na prática / Crédito: Divulgação
Alunos do terceiro ano, turma 234, produziram um sistema de painéis fotovoltaicos com sistema híbrido de fornecimento de energia elétrica para aviários. O projeto surgiu pela percepção de que os aviários precisariam de uma segunda fonte de energia elétrica, pois a queda de luz ocasiona um grande volume de morte de frangos e um alto custo para os produtores.
Além de apenas uma fonte elétrica para casos de emergência, a proposta buscou uma energia limpa. “Percebemos de início que os geradores não seriam uma ideia possível para o trabalho, pois eles são à base de gasolina / diesel, gerando, assim, combustão e, consequentemente, poluição para o meio ambiente”, detalha o aluno Matheus Augusto Hennemann.
Os alunos Eduardo Mello Miotto e Rafael Meyring da Rosa foram os responsáveis pela montagem do sistema híbrido de energia, que combina energias elétrica e solar.

Turma do 3º ano criou sistema híbrido de energia para aviários / Crédito: Letícia Echer
Ainda na área da engenharia, a turma 213, do primeiro ano, produziu um protótipo de carro híbrido, movido por dois sistemas de propulsão: um motor a combustão interna e um motor elétrico.
O projeto busca apresentar uma alternativa diferente das já existentes. Tendo em vista que os carros híbridos atuais apenas combinam no mesmo motor a eletricidade e a combustão, este teste apresenta dois motores separados, sendo um motor à combustão na frente e um motor elétrico atrás.
“Ao estudar sobre o assunto, percebi a importância que os carros híbridos têm, tanto para o nosso ecossistema quanto para a vida cotidiana. Antes do projeto, eu via os carros híbridos apenas como ‘carros de dois motores’, mas, agora, os enxergo como uma alternativa viável para um mundo mais sustentável, que pode contribuir para um futuro mais limpo”, ressalta Érika Berghahn.

Na área de engenharia, alunos construíram o protótipo de um carro movido por dois sistemas de propulsão / Crédito: Divulgação
Além da ciência
No campo artístico, o segundo ano, 221, encenou uma dramatização intitulada “O grito silencioso da Amazônia”. O projeto busca promover reflexões acerca das consequências das práticas exploratórias intensivas adotadas pela sociedade ao longo do tempo.
A encenação destaca a colonização portuguesa e seus efeitos, ilustrando os danos causados à Amazônia pelo desmatamento iniciado durante o período colonial, estabelecendo uma relação crítica com a 30ª Conferência das Nações Unidas.
“Queríamos fazer algo diferente, foi tudo pensado e planejado pela turma. Pensamos num teatro ao vivo, mas não chamaria a atenção de tantas pessoas, então, fizemos um documentário. Exigiu bastante tempo e pesquisa, mas foi muito divertido de fazer”, diz Valentina Brune.

No ano da proibição dos celulares nas escolas, a turma 222, segundo ano, apresentou o trabalho “O mundo além das telas – Atividades cognitivas”. A proposta buscou entender os efeitos negativos do uso irracional de celulares e o impacto nas atividades cognitivas.
O grupo organizou um espaço com desenhos para colorir e troca de livros na escola. Com isso, a turma concluiu que jogos de tabuleiro e carta, esportes variados, cantigas e danças, interações e qualquer outra atividade que não exija uma tela ou software são pluralmente melhores para o desenvolvimento estudantil, pessoal e psicossocial desses estudantes.

No campo artístico, turma do 2º ano promoveu atividades cognitivas como alternativa para as telas / Crédito: Divulgação