
Teutônia tem mostrado, cada vez mais, que respira cultura. Prova disso é o sucesso retumbante do 5º Festival Popular da Canção, que nas noites dos dias 1º e 2 de agosto, transformou o Colégio Teutônia em um verdadeiro celeiro de talentos musicais, reunindo dezenas de jovens intérpretes, familiares e entusiastas da música em um clima de emoção, superação e muita arte.
O auditório da escola ecoou o entusiasmo do público. Crianças, adolescentes, pais, avós, amigos e colegas de turma lotaram o espaço para prestigiar apresentações que percorreram diferentes gêneros, da MPB ao rock, do sertanejo ao gospel, passando por ritmos regionais e interpretações que trouxeram à tona não só habilidade técnica, mas também sensibilidade e identidade.
Mais do que um palco de competição, o Festival se consolidou como um espaço de acolhimento, desenvolvimento e valorização da juventude artística local.
Para os organizadores, o festival vai além das notas e classificações. Ele cumpre o papel fundamental de incentivar a expressão artística, abrir portas para talentos da região e criar uma rede de apoio e inspiração entre os participantes.
“É incrível ver a energia do público e o quanto esse festival motiva os jovens a mostrarem seu talento”, afirma Marcelo Brentano, diretor artístico do evento. “Aqui, não importa apenas quem ganha, mas a jornada de cada um, a coragem de subir no palco, de emocionar, de se conectar com as pessoas. Isso é o verdadeiro ganho que eles levam para a vida.”
Essa perspectiva é percebida também pelos participantes e seus familiares. Durante as classificatórias, várias histórias de trajetória musical e superação foram compartilhadas nos bastidores, revelando a profundidade do impacto que o evento tem na vida dos jovens artistas.
Do karaokê ao palco
Entre os destaques da fase classificatória está Paola Lis, uma jovem que começou a cantar aos 12 anos, incentivada pela família. Hoje, aos 16, ela é uma intérprete vocal do nativismo e já participou de vários rodeios e festivais. O apoio dos pais, Paulo e Paula, tem sido fundamental em sua caminhada.
“Ela começou com karaokê em casa, brincando. A gente achava que ela tinha talento, mãe sempre acha, né?”, diz Paula com bom humor. “Depois, ela começou a ter aulas e passou a se apresentar em CTGs, festivais nativistas… e agora está aqui, arriscando novos estilos no festival.”
Para o pai, o momento é de orgulho. “Estamos acompanhando tudo. É maravilhoso ver como ela cresceu e como o festival tem um ambiente leve, familiar, acolhedor. É uma vibe muito boa, que motiva mesmo.”
Segundo os pais, Paola canta há cerca de três a quatro anos e vê o festival como uma oportunidade de ampliar sua experiência, testar novos repertórios e se aproximar de outras realidades musicais. Sua apresentação foi marcada por força vocal, presença de palco e emoção, ingredientes que não passaram despercebidos pela plateia.
Superar timidez
Outra história que emocionou o público foi a da jovem Alice Weirich, que participou pela segunda vez do festival. Ao lado de sua mãe, compartilhou um pouco de sua trajetória – marcada por timidez na infância e muito incentivo familiar.
“Ela era muito tímida quando pequena. Começamos a incentivá-la a fazer aulas de música justamente para ajudá-la a se soltar mais”, conta a mãe. “E foi dando certo. Ela começou a evoluir muito rápido, participou de festivais internos e depois se destacou. Está com a mesma professora até hoje, que a ajudou a chegar nesse nível”, disse.
Alice começou a cantar por volta dos 6 anos e, aos poucos, foi descobrindo não só seu talento, mas também o prazer de se apresentar. Durante a entrevista, ela relatou como enfrentou dificuldades técnicas na música escolhida, mas superou os desafios com leveza.
“Na primeira vez que cantei a música, na rádio, eu me senti um pouco insegura. Era uma música difícil, que exige bastante. Mas aqui, no palco, eu me senti tão solta, tão leve… me diverti de verdade e acho que consegui dar o meu melhor”, comemora.
Quando questionada sobre o futuro, Alice não hesita: “Quero continuar na música, com certeza. Faço isso desde pequena e é algo que me faz muito feliz.”
A mãe, emocionada, complementa: “Foi um momento único. O festival é maravilhoso, traz muita emoção. Ver minha filha se expressar assim, com tanto sentimento, me enche de orgulho.”
Experiência transformadora
Mais do que premiar vozes, o Festival Popular da Canção reconhece trajetórias, estimula sonhos e fortalece laços familiares. Durante os dois dias de classificatórias, o que se viu foi um verdadeiro espetáculo de humanidade – risos, lágrimas, aplausos e olhares atentos a cada nota cantada.
O envolvimento da comunidade também foi destaque. Professores, colegas de escola, amigos e moradores da cidade se mobilizaram para apoiar os candidatos. As equipes atuaram na organização, e empresas locais patrocinaram a estrutura, reforçando o caráter coletivo do evento.
“É um festival construído a muitas mãos”, resume Brentano. “Desde o Colégio Teutônia, que cede a estrutura e apoia de forma integral, até os pais, os apoiadores, os artistas que doam seu tempo. É bonito de ver.”
A grande final
Com o sucesso das eliminatórias, agora a expectativa se volta para a grande final, marcada para o dia 23 de agosto, a partir das 19h, novamente no auditório central do Colégio Teutônia. A noite promete ser ainda mais emocionante, com performances elaboradas, cenários especiais e a revelação dos grandes vencedores desta 5ª edição nas categorias infantil, juvenil e adulto.
Além de troféus e certificados, os finalistas concorrem a um prêmio de R$ 150,00 por categoria, como voto popular. A premiação oficial prevê valores em dinheiro para os três primeiros colocados de cada categoria: R$ 1.000,00, R$ 500,00 e R$ 250,00.
A comissão avaliadora trará nomes com experiência na música e no cenário cultural, garantindo uma análise técnica, mas também sensível às diferentes propostas musicais dos participantes.
Transforma realidades
O 5º Festival Popular da Canção já pode ser considerado um marco no calendário cultural de Teutônia. Seu impacto ultrapassa o palco: ele ressignifica vivências, projeta sonhos e aproxima pessoas. É uma celebração do talento local, da importância da arte na formação de jovens e da força da comunidade quando se une por um propósito comum.
Em tempos em que o estímulo à cultura é tão necessário, eventos como esse mostram que música também é educação, inclusão e transformação.
Para quem participou, resta agora a ansiedade pela grande final. Para quem ainda não assistiu, fica o convite: prestigiar o festival é mais do que assistir a um show. É viver a emoção de ver uma nova geração dando voz à sua arte.
Premiação
Os três primeiros colocados de cada categoria, definidos na fase final do Festival, receberão troféus e premiação em dinheiro, conforme descrito abaixo:
Categoria Infantil (9 a 13 anos)
• 1º lugar: R$ 1.000,00
• 2º lugar: R$ 500,00
• 3º lugar: R$ 250,00
Categoria Juvenil (14 a 17 anos)
• 1º lugar: R$ 1.000,00
• 2º lugar: R$ 500,00
• 3º lugar: R$ 250,00
Categoria Livre (18 anos ou mais)
• 1º lugar: R$ 1.000,00
• 2º lugar: R$ 500,00
• 3º lugar: R$ 250,00