O secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, apresentou hoje, em Lajeado, os principais eixos do Plano Rio Grande, estratégia do governo estadual para a recuperação após a maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul. O encontro ocorreu durante a reunião-almoço (RA) da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), realizada em parceria com a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT), com a presença de empresários, lideranças regionais e autoridades.
Conforme o secretário, o plano nasceu ainda durante a fase emergencial, quando forças de segurança e Defesa Civil ainda atuavam no resgate das comunidades atingidas. Segundo ele, a intenção foi criar uma proposta que apenas refizesse os locais danificados, mas capaz de criar condições para que um desastre semelhante não traga os mesmos impactos.
Hoje, o Plano Rio Grande reúne mais de 150 projetos divididos nos eixos recuperação, diagnóstico, preparação e resiliência. Entre as ações já em andamento, o secretário destacou a aquisição de quatro radares meteorológicos, um já em operação, a instalação de 130 novas estações hidrometeorológicas e mapeamento 3D de todo o território gaúcho.
Também destacou a criação de um Centro de Gestão de Riscos e Desastres, com unidades regionais, sendo uma em Lajeado, e investimento de R$ 1 bilhão em equipamentos para forças de segurança, incluindo helicópteros com capacidade de voo noturno. Ressaltou ainda a construção de ginásios multiuso que possam funcionar como abrigos emergenciais.
Segundo o secretário, o foco principal está na prevenção. “Para cada real investido em prevenção, economiza-se muito mais na hora da reconstrução. É com essa lógica que estruturamos o Plano Rio Grande”, disse. Além das medidas de preparação, Capeluppi afirmou estar em execução um conjunto robusto de obras
“O Daer já contratou R$ 3 bilhões para recuperar 700 km de rodovias estaduais, utilizando técnicas modernas de drenagem e contenção”, garantiu. No Vale do Taquari, estão previstas obras em rotas alternativas, como a ERS-129 entre Colinas e Roca Sales, consideradas estratégicas para garantir mobilidade em futuras emergências.
Capeluppi também destacou o apoio às prefeituras na revisão dos planos diretores, programas de desassoreamento de rios, o fornecimento de horas-máquina aos municípios e investimentos habitacionais para famílias desabrigadas. Após a palestra, ele também respondeu perguntas sobre o Bloco 2 de concessão de rodovias, que afeta diretamente o Vale do Taquari. A notícia completa você confere na Folha Popular desse sábado (30/08).