O Fluminense de Westfália chega aos 83 anos de fundação em 2025 com motivos de sobra para comemorar. Amanhã (5/10), a comunidade se reunirá para uma grande festa esportiva e cultural que promete resgatar lembranças, reencontrar gerações e reforçar o papel central do clube na vida social e esportiva do município.
As atividades começam às 10h, com cerimônia de abertura e jogo festivo. Ao meio-dia será servido churrasco, com valor de R$ 45 por pessoa. A cerveja terá preço promocional de R$ 10 a garrafa, e a animação ficará por conta da banda Maringá.
Fundado em 8 de fevereiro de 1942, o Fluminense nasceu em um período em que os clubes de futebol do interior gaúcho não eram apenas espaços esportivos, mas serviam de locais de convivência, encontros de famílias e de fortalecimento da identidade de cada comunidade.
Ao longo das décadas, o Fluminense se consolidou como um dos símbolos de Westfália. Sua história foi construída com suor de dirigentes, dedicação de voluntários e apoio incondicional dos torcedores. “O Fluminense é parte da vida de muita gente. De quem jogou, torceu ou trabalhou aqui. Todos guardam uma lembrança boa e carinhosa”, afirma o dirigente e voluntário, Ido Ahlert.
Entre os feitos dentro de campo, o mais lembrado segue sendo o título regional de 1987, quando o Fluminense venceu o Canabarrense em duas finais memoráveis. As partidas mobilizaram centenas de torcedores, que lotaram o campo e transformaram a conquista em um marco para a comunidade.
“Foi uma campanha que uniu todos. O time era muito forte, mas o que fez a diferença foi a torcida. Até hoje é um assunto que volta em qualquer conversa sobre futebol em Westfália”, recorda Ahlert.
50 anos do campo
Além dos 83 anos de fundação, a festa de 2025 terá outro motivo de celebração: os 50 anos da inauguração do campo do Fluminense, ocorrida em 15 de dezembro de 1975.
Nessas cinco décadas, o gramado foi palco de grandes decisões, mas também, de treinos de base, amistosos, festivais e celebrações. Para muitos, ele é um espaço que retoma o sentimento de pertencimento westfaliano.
“Quem passa por aqui sempre se lembra de um jogo, gol ou de uma festa. O campo faz parte da memória afetiva da comunidade e nos faz reviver um passado recheado de glórias”, resume o ex-atleta e dirigente Sérgio Marasca.
Para marcar a data, a diretoria mobilizou contatos com ex-jogadores de várias gerações, dentro e fora do Vale do Taquari. “É emocionante ouvir a alegria deles ao receber o convite. Muitos dizem que esperavam por um reencontro assim há muito tempo. Queremos que essa festa seja também uma homenagem a quem vestiu a camisa do Fluminense”, reforça Marasca.
Mais que futebol
A trajetória do Fluminense não se resume apenas a vitórias em campo. Em momentos difíceis, como quando enchentes danificaram parte do campo, foi a própria comunidade que se mobilizou com promoções para recuperar a estrutura. “O Fluminense mostra que um clube de futebol pode ser união, solidariedade e identidade”, avalia Ahlert.
Os dirigentes apontam que a festa de aniversário do Fluminense de Westfália também serve para destacar o papel do voluntariado na sobrevivência dos clubes do Vale. Sem a dedicação anônima de dezenas de pessoas, dificilmente entidades centenárias continuariam de pé.
Em um cenário em que muitos clubes desaparecem, a força do trabalho coletivo se confirma como a principal garantia de futuro. O futebol das comunidades segue vivo no Vale do Taquari porque há pessoas que acreditam nele – e trabalham para isso.
“O campo faz parte da memória afetiva da comunidade e nos faz reviver um passado recheado de glórias.”
Sérgio Marasca
Ex-atleta e dirigente