Jovem de Teutônia precisa de doações de sangue para voltar à rotina

Bryan Alexander da Silva Berghahn sofre com disfunção genética e complicações associadas desde a infância

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Bryan (c) com a família em seu aniversário de 20 anos - Crédito: Arquivo Pessoal

Bryan Alexander da Silva Berghahn (20), morador de Teutônia, sofre de uma condição chamada de Imunodeficiência Primária (Candidíase Mucocutânea Crônica), causada por uma disfunção genética no gene STAT1. A doença ainda faz com que o jovem tenha complicações associadas, como hipotireoidismo, hepatopatia crônica e infecções bacterianas sinusal-pulmonares.

Mesmo com tratamento contínuo, o dia a dia de Bryan é marcado por infecções fúngicas que persistem, levando a internações repetidas e uso de anfotericina complexa lipídica (antibióticoscontra fungos, protozoários e algas).

Além disso, Berghahn possui Bicitopenia (redução de duas linhagens de células sanguíneas), anemia sintomática e precisa de transfusões de sangue. Ele está em tratamento contínuo e aguarda o medicamento Baricitinibe para tentar controlar a doença.

Por conta da sua baixa imunidade, a rotina de Bryan é repleta de exames e medicamentos. Ele aplica remédios duas vezes por semana no Hospital Ouro Branco, nas terças e sextas-feiras, e, nas segundas-feiras, realiza consultas e recebe acompanhamento de 18 especialidades no Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Hoje, Bryan não trabalha, mas nunca colocou suas condições como empecilho. “Eu sempre lidei bem com isso. Desde pequeno passei por várias internações, e isso me fez enxergar que sempre existem pessoas passando por situações ainda mais difíceis. Por isso, nunca vi motivo para reclamar. Mesmo tendo algumas limitações, consigo andar, viver tranquilamente e fazer minhas coisas, então prefiro focar no que posso fazer, em vez de me prender aos problemas”, diz.

Por causa da imunodeficiência primária, o jovem precisa de doações de sangue. A doença faz com que ele tenha anemia e precise de transfusões de sangue para manter o corpo forte e estável e conseguir seguir com o tratamento e ter uma vida mais tranquila.

“Cada pessoa que doa ajuda diretamente não só a mim, mas muitas outras pessoas que dependem disso para continuar lutando todos os dias”, afirma.

Atendimento mais próximo

A família se divide para acompanhar o jovem. Franciele da Silva, mãe de Bryan, trabalha à noite e presta serviços para estar próxima do filho. A rotina corrida em meio às medicações é cansativa.

Casos como o de Bryan refletem a relevância de projetos como o Polo de Saúde, iniciativa do HOB que trará para a região hemodiálise, banco de sangue e leitos de UTI, entre outros. “Mudaria a vida de muita gente ter estes serviços por perto, porque vamos a Porto Alegre fazer procedimentos que poderiam ser realizados aqui, em Teutônia e Lajeado”, aponta ela.

Como doar

As doações de sangue devem ser realizadas em nome de Bryan Alexander da Silva Berghahn no Banco de Sangue do Hospital de Clínicas, na Rua São Manoel, 543, em Porto Alegre. Até este sábado (18/10), a prefeitura de Teutônia custeará o transporte. Mais informações podem ser obtidas junto à Secretaria de Saúde pelo (51) 3762-7700.

Entre os requisitos para doar, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar 50 quilos ou mais e não estar em jejum. Menores de 18 anos devem estar acompanhados de responsável e é obrigatório documento com foto.

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