Outubro Rosa: Entre o medo, a fé e a coragem de recomeçar

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Crédito: Divulgação

O Outubro Rosa é mais do que um mês de conscientização. É um movimento de empatia, ciência e coragem. Em Teutônia, histórias de superação se unem à evolução tecnológica e ao compromisso humano de quem trabalha para garantir diagnósticos cada vez mais precisos e acessíveis.

Uma dessas histórias é a de Haidi Nascimento, moradora do Bairro Canabarro, que enfrentou o câncer de mama com força e fé. “Na primeira quimioterapia eu senti medo, muito medo. Fiz direto na veia, sem cateter, e quando o líquido começou a entrar, gelado, eu assustei. O marido estava do meu lado, e mesmo assim foi difícil”, relembra.

Foram oito sessões de quimioterapia, entre a chamada “vermelha” e a “branca”. Haidi conta que, mais difícil do que os efeitos do tratamento foi perder o cabelo. “Eu não tive náusea nem vômito, mas ver o cabelo caindo mexeu comigo”, conta.

Haidi e o marido, Euclides, durante o tratamento / Crédito: Arquivo Pessoal

Apesar disso, ela revela: “Depois de tudo, percebi que o câncer foi um chamado para me cuidar mais. Hoje eu agradeço a vida e cada dia de recomeço.”

Assim como Haidi, Julyete Teixeira Souza Figueiredo (42), moradora de Bom Retiro do Sul, entende que o autocuidado é uma forma de amor-próprio. Ela conta que a prevenção fez toda a diferença em sua trajetória. “Em 2021 eu descobri que estava com dois nódulos no seio. Procurei o médico, fiz mamografia e ecografia e, até então, era benigno. Depois, continuei o acompanhamento – primeiro de 6 em 6 meses, depois a cada ano. Agora, na última ecografia, apareceram mais dois nódulos, e o médico pediu uma nova avaliação com especialista”, relata a bom-retirense.

Prevenção fez a diferença no tratamento de Julyete Teixeira Souza Figueiredo / Crédito: Gabriely Hartmann Mallmann

Julyete explica que, se houver necessidade, fará biópsia e cirurgia para retirada. “É importante realizar esses exames rotineiramente. Eu descobri fazendo o toque no banho. Acho essencial, principalmente para nós, mulheres, procurar o médico quando sentir algo diferente. E não só na mama, exame preventivo do colo do útero também deve ser feito anualmente. Quanto antes tu descobre, mais chances tens de alcançar a cura”, alerta.

Ela reforça que a mamografia e a ecografia são exames simples e seguros. “No início eu tinha medo, porque dizem que dói, mas não é nada disso. É tranquilo, não é constrangedor e o desconforto é mínimo. O que realmente dói é deixar de se cuidar”, afirma Julyete.
Para a técnica em Radiografia Gabriela Borges Oliveira, o Outubro Rosa é um lembrete poderoso.

“É um mês de prevenção, de conscientização e, sobretudo, da mulher realizar os exames de mamografia e ecografia mamária. Quanto antes for feito o diagnóstico, maiores são as chances de cura”, reforça.

Tecnologia e acolhimento

Em Teutônia, esse cuidado se traduz em tecnologia e acolhimento. A Clínica Nova Imagem, ao lado do Hospital Ouro Branco, é referência no Vale do Taquari em diagnóstico por imagem. Segundo o gerente comercial Jonatã Baroni, o investimento em equipamentos modernos foi um marco para o município.

“Quando assumimos o serviço de imagem do HOB, um dos primeiros grandes investimentos foi a troca do mamógrafo por um modelo digital de última geração. Ele oferece imagens de alta resolução, o que facilita o trabalho do médico radiologista e garante um diagnóstico mais preciso”, relata.

A Nova Imagem atende desde o SUS até o particular, com convênios municipais e intermunicipais, o que permite acesso por pacientes de toda a região. “Nosso compromisso é oferecer qualidade e agilidade. Quem precisa de um exame, muitas vezes, é atendido no mesmo dia”, explica Jonatã.

Em outubro, a procura por mamografias dobrou em relação a setembro, o que mostra o impacto positivo da campanha. “As mulheres estão mais conscientes. E não é só sobre tecnologia – nosso foco também é o atendimento humanizado. Humanizar é conversar, explicar, reduzir o medo e o desconforto. Com os equipamentos modernos, o exame é rápido, com mínima exposição à radiação”, completa o gerente.


A ecografia mamária é realizada como um exame adicional para verificação profunda do tecido / Crédito: Gabriely Hartmann Mallmann

Quebrar tabus e salvar vidas

Ele lembra ainda que o câncer de mama também pode atingir homens, embora em menor número. “Geralmente, eles só percebem quando o nódulo já está visível ou palpável, o que indica um estágio mais avançado. É importante quebrar esse tabu e falar sobre isso também”, ressalta Jonatã.

Com pacientes vindos de todo o Vale do Taquari, a clínica deve ultrapassar 6 mil exames realizados apenas neste mês. “Isso aumenta nossa responsabilidade e mostra a confiança da comunidade no nosso trabalho. Cada exame é uma vida que confia em nós”, conclui.

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