A rede social BeReal (do português “seja real) surgiu em 2020 e se popularizou, principalmente com a geração Z, em 2022. O aplicativo foi criado por Alexis Barreyat e Kévin Perreau, com o intuito de incentivar os usuários a serem autênticos e espontâneos.
Elisa Joana Schneider do Nascimento (16) utiliza as redes sociais por cerca de 5h por dia e baixou o BeReal há quase sete meses. Ela baixou o app por ouvir muitas pessoas comentando sobre. “A proposta parecia interessante, ver a realidade, o dia a dia sem filtros, e até para tentar estar ‘perto’ mesmo longe dos meus amigos no período de férias”, conta.
Do seu ponto de vista se trata de ser o mais espontâneo possível, compartilhar a realidade de forma descontraída com pessoas próximas, mas não acha possível utilizá-lo para substituir outras redes. “Eu vejo como um refúgio, por se tratar de algo compartilhado temporariamente, com pessoas selecionadas, sem pressão por like e engajamento, mostrando realidade do dia a dia e não perfeição como nas redes vizinhas”, afirma.
Elisa também acredita que o BeReal pode se popularizar ainda mais entre as pessoas porque elas estão cansadas da interação constante da maioria das outras redes.
Fugindo de padrões
Luana Naiara Santos (23) utiliza o aplicativo desde novembro do ano passado e baixou, inicialmente, com intuito de conhecer a rede social por ser muito comentada, entender qual era o intuito e verificar se conseguiria se adaptar e gostar.
Considera a proposta incrível e reitera sobre o reforço de outros aplicativos à beleza e o superficial. “Sinto que quando se cria uma rede social com o intuito totalmente ao contrário, ela se torna um ambiente mais livre e leve. A sociedade criou um e de beleza e as pessoas se desesperam para se encaixar”, pontua.
Por esse motivo, reflete sobre a importância do aplicativo, por ele mostrar a dispensabilidade de efeitos, de um bom ângulo para parecer perfeito. “Isso é ser real. Isso é a vida real”, classifica.
Luana também não substituiria outras redes pelo BeReal, pois, apesar de ser interessante, ainda é básico e tem pouca interação. Analisa que as pessoas não gostam de sair da sua zona de conforto e sentem ainda mais medo de ser julgadas por suas características física, por isso, acha difícil o app se popularizar.