Feriado de Corpus Christi reúne diversas gerações para confecção de tapetes e missa em Teutônia

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Entre 1.000 a 1.500 pessoas estiveram presentes no Bairro Canabarro / Crédito: VF Produtora / Divulgação

O feriado de Corpus Christi existe há centenas de anos. É uma data móvel, celebrada pela Igreja Católica sempre 60 dias depois do domingo de Páscoa ou na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade. Na tradição católica, a quinta-feira é considerada o dia no qual Jesus Cristo instituiu o Sacramento da Eucaristia.

O que poucos sabem é que não se trata de um feriado nacional, mas sim de um ponto facultativo. Ou seja, cada cidade decide se fará feriado municipal ou não. Cada empresa também define se vai ou não paralisar os serviços por um dia e se vai liberar seus funcionários.

Em Teutônia é feriado e a data é celebrada com um expressivo público. Na quinta-feira (8/6), cerca de 1.200 pessoas estiveram presentes na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, no Bairro Canabarro. De acordo com o padre Pedro José Ritter, não coube todos os presentes dentro da igreja para a missa. A confecção dos tapetes iniciou às 6h. O momento reuniu diversas gerações, membros das comunidades vinculadas à Paróquia Nossa Senhora do Rosário.

“Nós encontramos pela Palavra e pela Eucaristia, as duas grandes mesas que nos alimentam. Sem alimentos, não somos ninguém, somos fracos. Fazemos isso em todas as missas, mas na quinta-feira de Corpus Christi, vamos às ruas testemunhar que esse Cristo quer ser o Salvador e o Alimento para todos. ‘Aquele que come minha carne e bebe o meu sangue tem a vida em plenitude e eterna’. Sintamos sempre fome de Jesus, da sua Palavra e da sua Eucaristia, que sairemos mais fortes, sabendo o caminho que devemos trilhar”, destaca o padre.

Tradição

Assim como o feriado de Corpus Christi é tradicional e importante para a Igreja Católica, famílias também vivem esse momento. É o caso da Família Frigo, que faz parte da Comunidade São Pedro do Bairro Boa Vista. O casal Gilberto Frito “Beti” (46) e Cláudia Reinheimer Frigo (42) passaram essa tradição para os filhos Dandara Frigo (17) e Lorenzo Frigo (11).

“Participamos há anos. Lorenzo se inspirou na irmã mais velha e começou a participar de momentos dentro da igreja. Ele começou como coroinha, participa do Grupo de Jovens Onda e, agora, também é incentivado a ajudar na parte da Liturgia. Achamos muito importante manter vivo o amor por Deus para saber escolher os melhores caminhos para a vida”, explica a mãe.

Os materiais utilizados na confecção dos tapetes são preparados meses antes do dia de Corpus Christi. “Como usamos cores, as serragens precisam ser tingidas. Acordamos cedo, lá pelas 6h. Nesse ano estavam presentes eu (Cláudia) e Lorenzo, junto com demais membros da comunidade de Boa Vista. Ainda estava escuro, mas as luzes da rua ajudaram na visibilidade. Esse ano foi um pouco atípico, pois estava mais quente que anos anteriores”, observa.

A Família avalia que momentos como esse também ajudam a viver em comunidade. “Percebemos que a cada ano, as pessoas se distanciam. Se tu incentiva desde pequeno, ele vai seguir participando. É fortalecido esse vínculo e eles se desenvolvem como pessoa e entendem o real motivo de ter fé na vida”, ressalta a mãe.

Lorenzo começou a participar ativamente da igreja ainda com os padres Eduardo Schuster e Neori Theisen. “Os padres Pedro Ritter e Oséias Dreyer também incentivam as crianças e adolescentes a participarem de momentos dentro da igreja. O seminarista Maicon Rafael Machry, que está em formação, também está sempre presente em nossa comunidade e incentiva os jovens”, observa.

Lorenzo Frigo (esquerda) e Cláudia Reinheimer Frigo
(direita) celebram essa tradição há anos
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