O diretor-presidente da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), José Scorsatto, esclarece o saldo positivo de empregos formais no Rio Grande do Sul. Em janeiro e fevereiro, foram 45 mil carteiras de trabalho assinadas. Segundo o diretor, a expectativa é de que 2024 seja um ano próspero em relação ao percentual de empregabilidade no Estado. Os números são acompanhados do saldo positivo de 2023. No ano passado, o índice de desocupação/desemprego foi de 5,4%, enquanto a média nacional registrada ficou em 7,8%. Na série histórica, o ano 2023 registrou o menor índice de desemprego. E em fevereiro de 2024 foi contabilizado o maior estoque de empregos já registrado pelo Caged desde a sua reformulação em 2020
Para o diretor, o capital de trabalho depende também de um capital empresarial robusto. Ainda, os contratantes devem dar as plenas condições de trabalho aos contratados, seguir as leis trabalhistas e promover um ambiente de trabalho saudável. São relações interdependentes.
Segundo os dados, 54% dos contratados em 2023 possuíam o segundo grau completo, o que revela a necessidade de investir na educação e também na educação profissional e aperfeiçoamento do trabalhador. Em relação à faixa etária, as pessoas de 18 a 29 anos são as que mais pedem demissão de forma voluntária. Esse grupo, segundo o diretor, procura vagas em empresas que tenham bom ambiente de trabalho e possibilidade de exercer liderança. Já o grupo com mais de 51 anos, retornou ao mercado de trabalho após a reforma previdenciária que esticou o tempo da aposentadoria. Essa flexibilidade implica a promoção de vagas formais no mercado de trabalho
A aproximação do setor empresarial com os trabalhadores é uma das ferramentas adotadas pela FGTAS. Os feirões de emprego, promovidos nas cidades gaúchas, possibilitam o setor empresarial a divulgar as vagas aos trabalhadores em situação de desemprego.