Conab aponta que o preço da maioria de hortaliças e frutas cai no atacado em julho

No acumulado de janeiro a julho de 2024, o Brasil exportou 491,8 mil toneladas de frutas, uma queda de 7,62% em comparação ao mesmo período de 2023.

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Crédito: Divulgação

Em julho, o mercado atacadista brasileiro viu uma queda significativa nos preços de várias frutas e hortaliças, seguindo a tendência observada no mês anterior. A cenoura e o tomate foram os principais responsáveis por essa diminuição, com reduções de 47,69% e 43,96%, respectivamente. Esses ajustes de preço ocorreram devido ao aumento da oferta desses produtos no mercado.

Hortaliças

  • Cenoura: A queda no preço foi impulsionada por um aumento de 8,9% na oferta nacional, que não se concentrou apenas em Minas Gerais, mas se distribuiu por diversas regiões.
  • Tomate: O preço caiu 43,96% em relação a junho, em grande parte devido a um aumento de 13% na oferta, o maior registrado em 2024.
  • Batata: A entrada da safra de inverno provocou uma reversão na alta de preços observada nos meses anteriores. As maiores quedas foram registradas nas Ceasas de Rio Branco (-35,57%) e Fortaleza (-17,22%). Contudo, os preços continuam elevados comparados ao ano passado.
  • Cebola: A média ponderada dos preços caiu 11,14% em julho, com uma redução de 28,69% na Ceasa do Acre, devido ao aumento de quase 5% na oferta.
  • Alface: Os preços subiram 1% na média ponderada, mas houve variações significativas em diferentes Ceasas, com aumentos em Fortaleza (28,56%) e quedas em Brasília (-28,28%) e Ceasaminas (-23,74%).

Frutas

  • Banana: Os preços caíram 2,31%, com oscilações nas cotações das variedades prata e nanica e um aumento na comercialização da banana prata.
  • Maçã: A redução de preços foi de 2,66%, mesmo com uma diminuição na oferta, devido à menor demanda durante as férias.
  • Mamão: O preço caiu 19,57%, impulsionado pela colheita em novas plantações e uma oferta maior.
  • Melancia: Registrou uma redução de 3,27%, devido ao aumento da produção em Ceres (GO) e nas praças tocantinenses, aliado ao menor consumo durante o período frio e as férias escolares.
  • Laranja: Contrariando a tendência geral de queda, os preços da laranja subiram 6,91%, em função da alta demanda para processamento de suco, em um contexto de baixos estoques.

Exportações

No acumulado de janeiro a julho de 2024, o Brasil exportou 491,8 mil toneladas de frutas, uma queda de 7,62% em comparação ao mesmo período de 2023. No entanto, o faturamento com exportações aumentou para US$ 628,89 milhões, um crescimento de 3,73% em relação ao ano passado e de 21,4% em relação a 2022. A queda no volume exportado foi devido à menor oferta de frutas como manga e uva, mas a expectativa é que o segundo semestre traga um aumento no volume e faturamento, especialmente para frutas como manga, melão e melancia, que devem alcançar picos de embarques.

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