1ª Feira Estadual de Aquicultura terá entrada gratuita

Evento ocorre entre os dias 7 e 9 de novembro no Recanto Novo Paraíso

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Evento terá exposição de empresas, palestras técnicas, mostra gastronômica e apresentações culturais / Crédito: Divulgação

O Vale do Taquari será o centro do debate sobre o futuro da piscicultura como atividade econômica e vetor de desenvolvimento rural. A partir do dia 7 de novembro, Bom Retiro do Sul será palco da 1ª Aquibom – Feira Estadual de Aquicultura. O evento busca transformar a piscicultura em uma alternativa sólida e rentável para as propriedades familiares da região.

Com entrada gratuita, a feira segue até o domingo, dia 9, no Recanto Novo Paraíso, reunindo exposição de empresas, palestras técnicas, mostra gastronômica e apresentações culturais.

Mais do que um espaço de negócios, a Aquibom se propõe a ser um ponto de partida para o fortalecimento da cadeia produtiva do peixe no Estado.

Para o extensionista da Emater de Teutônia, Carlos Fries, o desafio passa pela união dos produtores e pela organização da produção de forma cooperativa. “É preciso mudar a mentalidade e deixar de tratar a piscicultura como uma atividade alternativa, porque há propriedades com potencial para tê-la como principal fonte de renda”, defende.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Teutônia, Westfália e Poço das Antas, Liane Brackmann, reforça o papel da piscicultura como complemento importante na agricultura familiar. “Muitas vezes, o produtor começa para testar se ela é interessante e acaba descobrindo que pode ser o carro-chefe da propriedade”, observa.

Em Fazenda Vilanova, o secretário municipal de Agricultura, João Martins da Luz, vê na piscicultura uma oportunidade concreta de ampliação de renda. Segundo ele, o peixe tem mercado; o que falta é incentivo para que os produtores se sintam seguros. “Muitos ainda ficam em dúvida se haverá comércio, mas acredito que, com eventos como a Aquibom, esse movimento vai crescer”, projeta.

Situação semelhante é observada em Poço das Antas, onde, segundo o secretário de Agricultura, Valdecir Flach, a maior parte das propriedades já dispõe de infraestrutura básica para a atividade. “Cerca de 90% das propriedades têm açude, mas apenas para consumo próprio, porque não há mercado consolidado. Nossas áreas são pequenas, mas ricas em água. Se houver produtores interessados, a prefeitura está pronta para oferecer apoio técnico e incentivo”, garante.

Produtor rural, Eldo Dickel destaca a necessidade de capacitação e planejamento para que os produtores passem a apostar na cultura da Tilápia. “Hoje, muitos criam apenas carpas. Para investir em tilápia, o produtor precisa ter segurança de que vai conseguir vender, porque o custo inicial é maior”, explica.

Com uma programação que combina capacitação técnica, valorização da gastronomia e atrações culturais, a feira se consolida como vitrine de um setor que começa a ganhar fôlego no interior do Estado. Como resumem os organizadores, a piscicultura pode deixar de ser uma alternativa e se tornar protagonista na diversificação econômica do campo gaúcho.

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