Ao longo de junho, a região do Vale do Taquari recebeu dois avisos do Sistema 3A, do governo do estado. Diante da possibilidade de receber um Alerta, o Comitê Técnico Regional criou um cronograma preventivo de ações contra a piora dos índices de Covid-19 na região.
O plano foi debatido entre os prefeitos dos municípios que integram a Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) em reunião on-line na tarde desta sexta-feira (11/6). A aplicabilidade das ações será obrigatória somente se houver recebimento do Alerta. Mas o plano pode ser utilizado de forma facultativa.
Dentre as ações que já estavam previstas no plano preventivo estão as de orientação, ampliação da testagem e busca ativa por casos Covid. Foram ainda sugeridas ações complementares para as atividades que representam alto risco de disseminação do vírus.
Uma piora nos índices resultará em maiores restrições dos horários de atividades noturnas, proibidas entre 21h e 5h. Isso porque, segundo a comissão, houve maior controle de disseminação em momentos que estas atividades estavam vedadas.
Eventos com música ao vivo também poderão ser proibidos. Já os encontros religiosos poderão ser fiscalizados com maior periodicidade, uma vez que potencializam aglomerações.
No âmbito esportivo, a partir do momento em que for emitido o Alerta, haverá proibição dos esportes coletivos e de competições esportivas.
Eventos também deverão ser proibidos. Estarão autorizadas somente festas infantis com predominância de crianças e com limitação máxima de 50 pessoas, desde que respeitadas as demais regras.
A proposta do comitê surge com base nos boletins epidemiológicos da região. O decreto estadual prevê que, em caso de Alerta, a região tem até 48h para apresentar um plano de ação de combate ao coronavírus. Este deve ser aprovado pelos prefeitos previamente.
Se não houver aprovação dentro do prazo limite, o Estado pode determinar ações a serem tomadas. Como no caso de discordância quanto a intensidade das medidas, sendo possível a vinda imediata de uma proposta com ações complementares.
Paulo Cezar Kohlrausch, presidente da Amvat, salientou a importância da fiscalização por meio do poder público. “Não adianta ficarmos ampliando restrições e constituindo protocolos mais rígidos se não fizermos com que eles sejam cumpridos”, advertiu.
André Brito, prefeito de Taquari, sugeriu que por um período de 7 ou 10 dias alguns pontos sejam seguidos de forma regionalizada. Uma análise coletiva para avançar ou retroceder nos aspectos de prevenção e fiscalização.
A ideia é evitar que os gestores sejam pressionados por intensificarem medidas, resultando em diferentes ações em municípios vizinhos, como na proibição ou não da realização de atividades esportivas.
O plano de ação não foi à votação. Kohlrausch argumenta que, caso o Estado emita o Alerta na terça-feira (15/6) uma assembleia extraordinária será convocada para avaliação e aprovação do plano de ações.