A conta de luz chegará mais barata para brasileiros que reduziram 10% do consumo de energia elétrica no acumulado de setembro a dezembro do ano passado, comparado com o mesmo intervalo de 2020. O desconto recairá sobre a parcela de janeiro. A medida faz parte do Programa de Incentivo à Redução Voluntária do Consumo de Energia Elétrica, do Ministério de Minas e Energia.
Estão incluídos no programa os consumidores do chamado grupo B (baixa tensão) e do grupo A (média e alta tensão) das classes de consumo residencial, industrial, comércio, serviços, rural e serviço público.
Também recebem o bônus as residências que participaram do Tarifa Social de Energia Elétrica, benefício do Governo Federal, que mantém descontos na conta de luz de famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único ou no Benefício de Prestação Continuada.
O diretor de operação e manutenção do sistema elétrico da Certel, Daniel Luis Sechi, explica como o programa é na prática. “Todos os associados que economizaram energia em setembro, outubro, novembro e dezembro, comparado com o ano de 2020, vão receber agora em janeiro um desconto de 50 centavos por quilowatt-hora”, pontua.
Sechi lembra que a economia tem limitações. “Cada associado tem que economizar no mínimo 10% e no máximo 20%. Todos os associados que se enquadrarem dentro dessa redução de consumo, mês a mês, vão receber agora em janeiro o valor de 50 centavos por quilowatt-hora economizado”, esclarece.
Incentivo
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) criou uma página para tirar as dúvidas sobre a concessão dos descontos. Já o Ministério de Minas e Energia disponibiliza a Cartilha do Consumidor Consciente de Energia, que apresenta dicas do dia a dia para reduzir o consumo de energia ao usar televisor, chuveiro, geladeira, ar-condicionado e ferro de passar roupas, por exemplo. O material também traz informações sobre como é o sistema elétrico no Brasil.
Medida
O programa foi criado pelo governo federal no ano passado, na tentativa de incentivar a redução no consumo de energia por conta da escassez hídrica. A falta de chuvas baixou o nível dos reservatórios e deixou o Brasil numa situação crítica que traz consequências ainda neste começo de ano.
Pelos dados do Ministério de Minas e Energia, a economia das famílias resultou em mais de 5,6 milhões de megawatt/hora. Uma grande economia que, segundo o governo, representa todo o consumo de estados como a Paraíba e o Rio Grande do Norte.
