Solução caseira no aterro sanitário garante economia de R$ 500 mil

Medidas tomadas pela Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente reduzem gastos que serão investidos em outras áreas

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Terceira vala está sendo construída com terras que estão sobrando de outra obra no município

A ampliação da vida útil do aterro sanitário do município exigiu medidas por parte da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente nos últimos meses. O rápido preenchimento da segunda vala, aberta em 2010, fez com que se criasse campanhas de conscientização para separação do lixo tanto nas residências quanto na usina do centro de triagem que opera junto ao aterro.

A verticalização da segunda vala do aterro foi outra providência tomada. Conforme o secretário da pasta, Gilson Hollmann, no ano passado foi criada uma alternativa ao município, de enviar o lixo para Minas do Leão, onde está instalada a CRVR – Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos, que recebe resíduos de 132 municípios do estado, inclusive com pré-contrato assinado, porém, com custos muito elevados, pois além das destinação final, teria o custo do transporte . “Além de bancar com o transporte dos resíduos, teríamos que pagar pelo tratamento, que custaria mais de R$ 500 mil anuais”, justifica Hollmann.

A verticalização do aterro é uma forma de ampliar sua vida útil. Segundo o biólogo do município, Leonardo Crestani, a medida ainda deve ser aprovada pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). “O preenchimento do aterro é acelerado porque precisamos todos os dias colocar uma camada de solo para cobrir o lixo. A verticalização estende em mais de um ano a vida útil da vala”, explica Leonardo.

Conforme a licença de operação concedida pela FEPAM, é necessário que os resíduos depositados na vala sejam compactados e cobertos ao final de cada dia de operação. Para esta cobertura utiliza-se terra. Esse procedimento demanda grande volume de terra para utilização no aterro sanitário, o que também gera custos a administração.

Então, outra forma de economia encontrada pela secretaria foi na captação da terra, que cobre o lixo, preenchendo a vala e promovendo a compactação do aterro. Conforme Hollmann, normalmente é necessário gastar com a remoção de terra de outro local para atender a necessidade do aterro, porém uma parceria feita com a empresa calçadista Beira Rio reduzirá os custos à administração municipal. “A empresa irá ampliar seu espaço físico e através de uma parceria com a prefeitura, destinará toda a terra excedente da obra para o aterro sanitário”, conclui. O volume de material a ser removido da obra e levado ao aterro é suficiente para a utilização nas operações diárias e para os projetos de ampliação (verticalização) da segunda vala e para a construção da terceira célula.

 

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