Quando o eleitor afirma que “meu candidato não está na urna”, a Justiça Eleitoral criou uma auditoria para desmistificar a situação “na hora” e “in loco”. Para isso, qualquer eleitor pode ser voluntário e solicitar, junto à sua seção eleitoral, para realizar este teste, que consiste em uma verificação se os dois candidatos para cada cargo constam na urna eletrônica.
Ao ir votar, o eleitor voluntário pode solicitar o teste ao presidente de mesa. São convocados três eleitores que estão na fila, mais o presidente de mesa, fiscais de partidos se estiverem presentes. O presidente de mesa habilita o voto, todos vão para trás da cabine de votação e aí faz os testes dos candidatos que estão na urna.
Primeiro, o eleitor voltunário testa os dois candidatos a governador (45 – Eduardo Leite e 15 – José Ivo Sartori). Digita o primeiro número com calma, espera aparecer a foto. Todos viram a foto, aí corrige. Aí aparece a opção de digitar novamente. Aí digita o outro candidato. Todos viram que apareceu a foto. Ok, os dois candidatos a governador estão na urna. Você corrige e aí todo mundo sai de trás, para você poder votar no seu candidato a governador de maneira sigilosa.
Encerrou o voto para governador, aí abre a votação para presidente. Todos voltam para trás da cabine de votação e você faz o mesmo procedimento com os dois candidatos a presidente da República. Apareceram as duas fotos, todo mundo sai e você pode votar de maneira sigilosa no seu candidato.
Após este teste, o presidente de mesa registra isso em ata, que foi feita a auditoria. “É uma auditoria que os eleitores podem fazer. É possível convidar outras pessoas da fila que queiram fazer o teste também”, explica Luciane Lima, do Cartório Eleitoral de Teutônia.
Este teste aleatório ou auditoria do eleitor foi adotado porque no primeiro turno esta foi uma das maiores alegações dos eleitores de que “meu candidato não estava na urna”.
Na manhã deste domingo (28/10), uma situação semelhante ocorreu em Paverama. Ao tentar votar para presidente, o eleitor afirmava que não aparecia o seu candidato. O presidente de mesa, os mesários, os fiscais de partidos, a Junta Eleitoral e três eleitores da fila foram convidados a ir para trás da cabine de votação. Feito o teste, percebeu-se que o eleitor queria votar no número 12, candidato inexistente para a disputa presidencial no segundo turno.