Estrela avalia redução do número de beneficiados pelo Bolsa Família

Governo diz que números mostram a evolução das famílias

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Empregos são oferecido em feirões e ajudam a trazer renda para as famílias / Crédito da foto: Rodrigo Angeli / Divulgação

O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência de renda do Governo Federal para pessoas mais carentes através de um cadastro nacional, mas que é realizado pelos municípios. Estrela inicia 2020 com 408 famílias atendidas pelo programa, uma redução de 25% em relação ao momento mais crítico. Para José Itamar Alves, titular da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social, Trabalho e Habitação (Sedesth), pasta responsável por este cadastro e encaminhamento dos processos, os números mostram uma evolução da classe mais baixa local. “Não é Estrela que passou a receber menos, são as pessoas daqui que passaram a receber mais porque se mostraram dispostas a abracarem as oportunidades e melhoraram suas condições”, diz.

Hoje, as 408 famílias contempladas dividem o valor total de R$ 69 mil, o que representa uma bonificação média de R$ 170 para cada. O número máximo já chegou a 545 famílias. Para Alves, trata-se de um dado que merece ser comemorado. “Quando assumimos a Sedesth, por exemplo, eram 531. Hoje são 408. O que isso mostra? Que pelo menos 130 famílias ou mais hoje estão com uma renda superior a que tinham antes ou nem tinham, pois viviam em extrema pobreza. Alguns vão dizer que é menos renda vindo para Estrela. Não, são as pessoas daqui que de certa forma deixaram de receber um benefício emergencial porque conseguiram um emprego ou melhor forma de sustento. E assim, quem sabe com renda fixa, férias e outros direitos, estão gerando mais dividendos para uma cidade que, se formos comparar com outras, é rica e tem potencial para mais”, diz.

Para o secretário, há explicações. “Essa redução ocorreu porque pessoas nos procuraram em busca de ajuda. E o que oferecemos? Não apenas uma cesta básica, mas também oportunidades. Mas é necessário disposição para tanto”, afirma. “Através de nossa equipe e parcerias, proporcionamos justamente o que a Sedesth tem como propósito: habitação, trabalho, desenvolvimento social. Ofertamos cursos de capacitações, oficinas, colaboramos na elaboração de currículos, realizamos o intermédio para entrevistas de empregos e oferecemos também vagas. No ano passado foram mais de 1,3 mil, inclusive em feirões. Pelo menos 300 foram preenchidas. E hoje temos pelo menos 30 vagas a espera de candidatos.”

Segundos dados apresentados pela assistente social da Sedesth, Tamara Vedy, Estrela tem mais de quatro mil famílias no Cadastro Único (CadÚnico), que é utilizado como base para o encaminhamento deste benefício e outros. Destas, pelo menos 500 ainda estariam aguardando pelo Bolsa Família, mas os critérios utilizados para passar a ser uma contemplada estão vinculados ao cadastro nacional. “Quando uma família local deixa de receber o benefício não se tem a garantia de que outra daqui irá passar a ganhar o valor. Isso é distribuído pelo Governo Federal e depois repassado aos governos estaduais que, num cruzamento de dados, onde se avalia número de pessoas por família, renda, casos de emergência, tempo de espera e outras situações, aponta qual será beneficiada e o valor”, destaca Tamara. “Por isso também a importância das pessoas manterem seus dados atualizados, corretos, até porque mesmo já contempladas elas podem ser beneficiadas com outros benefícios, como o desconto na conta de água e luz”.

De acordo com a Sedesth, as famílias devem procurar inicialmente as unidades do Centro de Referência de Assistência Social, o Cras Centro (Rua Tiradentes, nº 478; Centro; 3981-1164) e o Cras Cidadania (Rua Três Passos, nº 89; Bairro Imigrantes; 3981-1026).

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