Moradores da localidade de Bom Jardim, na divisa entre Paverama e Taquari, fazem protesto na tarde desta terça-feira (04/02), junto ao Paradouro Rosinha, na BR-386. Já são cerca de 100 moradores, dos dois lados da localidade, que estão no local. Os moradores cobram esclarecimentos da CCR Viasul, concessionária da rodovia, a respeito da informação de um fechamento de uma travessia no trevo de acesso ao Paradouro Rosinha. A travessia é utilizada pela comunidade há mais de 20 anos. No momento, o grupo aguarda a chegada de um engenheiro da CCR Viasul para prestar esclarecimentos.
A informação que os moradores têm é de que seria fechada a travessia do lado de Taquari para Paverama, impedindo a travessia. Conforme Sandro Rosa, proprietário do estabelecimento, 84 trabalhadores que atuam nos dois paradouros do Rosinha dependem desta travessia. Caso o acesso seja fechado, os funcionários teriam que fazer um trecho passando pelo pedágio, pagando a tarifa nos dois sentidos, para então retornar e fazer a travessia. O mesmo acontece com 35 famílias da localidade, que para se deslocarem para o outro lado, ou para outros municípios, terão que fazer o retorno pagando o pedágio nos dois sentidos. O trevo é o último antes do pedágio, no sentido interior-capital, e é importante para fazer o fluxo de retorno das comunidades em ambos os lados.
Evanir Gonçalves de Azevedo, ex-vereador de Paverama e morador da comunidade, destaca que um possível fechamento causará grande impacto. “Com o fechamento ficará inviável a nossa comunidade. Vai trancar tudo na comunidades, não vamos poder nem se quer sair de casa”, pondera. Segundo ele, a comunidade vai seguir protestando durante todos os dias. “Eu acho que a CCR não devia fazer um trabalho destes. Porque a comunidade é uma comunidade ordeira. Os agricultores com tratores e caminhões, tudo que circula aqui, se trancar vai ficar inviável para as comunidades sobreviverem”, opina.
A travessia foi construída em 1997, quando a BR-386 ainda não era duplicada e tinha pista simples. Após a duplicação, o trevo foi todo feito, dos dois lados, para permitir uma travessia segura. O fechamento seria no sentido interior-capital. Isso impediria, por exemplo, que pessoas vindo de municípios como Estrela, Lajeado, Teutônia, entre outros, façam o retorno e ingressem. O que inviabiliza também a passagem dos moradores do lado de cima.