Vigilância Epidemiológica de Lajeado traça perfil dos casos confirmados de coronavírus em Lajeado

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A Vigilância Epidemiológica (VE), setor vinculado à Secretaria da Saúde (Sesa) da Prefeitura de Lajeado, acompanha diariamente a evolução dos casos de coronavírus no município. Conforme o boletim divulgado na quarta-feira, 18/11, Lajeado tinha 4.524 casos confirmados, dos quais 4.421 já estavam recuperados, 252 seguiam ativos e 51 foram registrados como óbitos decorrentes do coronavírus. Uma análise do perfil do total de casos apontou que 72% tinham de 20 a 49 anos, população em que a doença normalmente se manifesta de forma mais moderada. Do total, 4,35% tinham de 0 a 19 anos, 14,38% tinham de 50 a 60 anos e 9,46% estavam na população acima de 60 anos. 

Os bairros com maior número de casos registrados eram Centro, Moinhos, Florestal, Jardim do Cedro, São Cristóvão e Universitário. Já na avaliação por taxa de 1.000 habitantes, o estudo indica que a doença tem se espalhado de forma homogênea em toda a cidade, com picos nos bairros Moinhos, Alto do Parque e Centro. Em qualquer das análises, não havia diferença significativa em relação ao sexo (masculino e feminino) dos casos confirmados. 

Juliana Demarchi, coordenadora da Vigilância Epidemiológica, ressalta que o agravamento da doença, a necessidade de internação hospitalar, a faixa etária e o histórico de comorbidades prévias são relacionados entre si. Do total de internações de casos confirmados para Covid-19 de Lajeado, 49% têm mais de 60 anos, e as doenças prévias mais presentes são as doenças cardiovasculares, diabetes, doenças pulmonares crônicas e obesidade. Dos pacientes com mais de 60 anos que positivaram para a doença, 25% necessitaram de internação. Já para as faixas etárias de 0 a 19, 20 a 49 e 50 a 60 anos, a taxa de internação está em 0,51%, 2,03% e 7,03%, respectivamente.

– Isso significa que, quanto maior a idade, maior o risco de internação. Por isso reforçamos sempre que a população com mais de 60 anos ou que tenha algum tipo de comorbidade deve ficar ainda mais atenta, cuidar da higienização, usar máscara e evitar aglomerações, inclusive as festas familiares com muitas pessoas. Um jovem pode se contaminar e passar bem pela doença, mas se ele levar o vírus para os pais ou avós, a situação fica mais grave, e é isso que estamos percebendo. O aumento de contaminações é de pacientes jovens, mas quem está sendo internado são pessoas com mais idade, que possivelmente estão sendo contaminadas por familiares mais jovens – observa Juliana.

Dos 252 casos ativos contabilizados no dia 18/11, 80% são de pessoas com idade entre 20 e 49 anos, com maior incidência nos bairros Centro, Moinhos, Moinhos D`Água, Florestal e São Cristóvão. Juliana explica que o aumento dos casos ativos não está relacionado à retomada das aulas, nem aos setores de comércio, indústria e serviços, mas sim ao relaxamento das medidas de cuidado e ao aumento da circulação social das pessoas. Além disso, outro fator que influencia no aumento é a ampliação da oferta de testes do tipo PCR, que estão disponíveis em maior quantidade na rede pública de saúde. Entretanto, a percepção das áreas de saúde é de que a circulação viral aumentou, tendo em vista o percentual de positividade dos testes realizados em novembro comparativamente aos meses anteriores.

– O vírus circula de forma muito rápida entre as pessoas. Desta forma, aglomerações sem os devidos cuidados possibilitam a propagação da doença e, por isso, precisamos seguir agindo com responsabilidade para minimizar as chances de contágio – disse Juliana.

Por isso, o uso de máscaras, a lavagem frequente de mãos e estar em ambientes ventilados continuam sendo os cuidados mais eficazes para minimizar a circulação de vírus. Buscar atendimento médico de forma imediata ao sentir sintomas e o isolamento também são outras ações fundamentais para evitar a transmissão do vírus.

O QUE A COMUNIDADE DEVE FAZER:

– Usar máscara sempre que sair de casa.

– Lavar as mãos sempre com água e sabão ou passar álcool em gel.

– Limpar frequentemente as áreas de maior contato como maçanetas, celulares, teclados de computador, mesas, etc.

– Ao tossir e espirrar, prefira cobrir com o braço e não tirar a máscara.

– Evitar apertos de mãos e cumprimentos no rosto.

– Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.

– Manter os ambientes arejados. Janelas devem permanecer abertas mesmo que o ar-condicionado esteja ligado.

IMPORTANTE: ao sentir qualquer sintoma compatível com o coronavírus, a pessoa deve buscar atendimento médico o quanto antes e se isolar o máximo possível, em especial de pessoas com mais idade ou doenças prévias. O atendimento de saúde, público ou privado, orientará sobre a realização do teste e sobre os tratamentos disponíveis para cada caso.

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