Serviço de Inspeção de Teutônia alerta para riscos de consumo de alimentos clandestinos

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Consumidores devem ficar atentos aos rótulos dos produtos / Crédito: Divulgação / SIM

O consumo de produtos de origem animal – queijos, salames, linguiças, ovos, carnes defumadas entre outros – que não passaram por inspeção veterinária podem acarretar sérios riscos à saúde dos consumidores. Isso porque é a inspeção veterinária que garante que estes alimentos foram feitos em local com higiene evitando a proliferação de micro-organismos que podem vir a causar toxi-infecções alimentares (DTAs); que a carne utilizada na fabricação de produtos como linguiça e salame e o leite utilizado na produção de queijos são procedentes de animais saudáveis evitando a transmissão de doenças dos animais para as pessoas como, por exemplo, brucelose, tuberculose e cisticercose.

Outro perigo dos alimentos não inspecionados é a concentração de produtos químicos como nitrito e nitrato, usados para conservar os produtos cárneos. Caso estes agentes químicos estejam em níveis acima do recomendado são prejudiciais à saúde humana. Quando em níveis abaixo do recomendado, não exercerão o seu papel de conservar os alimentos.

Doenças transmitidas por alimentos (DTAs) são definidas como doenças de natureza infecciosa ou tóxica, causadas por agentes que entram no organismo por meio da ingestão de água ou de alimentos contaminados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que anualmente as DTAs causem a perda da qualidade de vida de 33 milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente nas faixas etárias mais vulneráveis como crianças com menos de 5 anos de idade e idosos, e o óbito de cerca de 420.000 mil pessoas.

As infecções intestinais com diarreia são responsáveis pelo adoecimento de 550 milhões de pessoas e pela morte de 230.000 pessoas todos os anos, sendo que os principais agentes etiológicos envolvidos são Salmonella não tifoides, E. coli, Campylobacter e Norovírus. Os sintomas mais comuns que caracterizam os surtos de DTAs são: diarreia, dor abdominal, vômito e náuseas.

Validade e conservação

O prazo de validade é outra informação a qual o consumidor deve estar atento, pois indica que o fabricante do alimento em questão garante a qualidade do produto até esta data, sendo que após este prazo podem ocorrer reações no alimento tornando-o impróprio para o consumo.

Outro ponto importante a ser observado está relacionado às condições de conservação do produto exposto à venda devendo este ser mantido na temperatura de conservação indicada pelo fabricante no rótulo (refrigerado ou congelado). Quando a indicação for manter em temperatura ambiente deve-se escolher um local fresco, abrigado do sol e da poeira e com proteção que impeça o contato de moscas e outras pragas.

O consumidor ainda deve ater-se às características sensoriais próprios de cada alimento, como cor, textura, odor e sabor, fáceis de serem observados mesmo por quem habitualmente não consome o produto.

Nesta época de férias, é prática comprarmos produtos de origem animal em tendas na beira da estrada. Nestas ocasiões, o consumidor deve ater-se ao rótulo do produto verificando se contém o selo do serviço de inspeção, as condições de armazenamento e a data de validade e verificar as características sensoriais do produto, devendo, ao encontrar um produto com alteração dos requisitos citados previamente, considerar o produto impróprio para consumo, garantindo assim sua saúde e a tranquilidade de suas férias.

Médica Veterinária: Ana Valéria Kolling

Médico Veterinário: Gustavo Roberto Plautz

Serviço de Inspeção Municipal de Teutônia (SIM)

Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Teutônia

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