Sicredi Ouro Branco visa expansão para Minas Gerais

Proposta será votada pelos associados na Assembleia Geral no dia 22

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Expansão da cooperativa para outro estado estará em pauta na assembleia / Crédito: Divulgação

A Sicredi Ouro Branco prepara, para o dia 22 de março, a sua Assembleia Geral Ordinária (AGO). O encontro entre associados e diretoria acontece anualmente. Em pauta, diversos assuntos de interesse dos sócios.

Além da tradicional prestação de contas, este ano uma novidade deverá ser votada pelos associados: a expansão da cooperativa para o estado de Minas Gerais. “Esse assunto está sendo debatido desde 2019, junto com os nossos conselhos. Nós temos um comitê estratégico de planejamento de expansão que tem estudado isso bastante. O nosso conselho acha que chegou o momento de levarmos à apreciação dos nossos associados essa possibilidade”, explica o presidente da cooperativa, Neori Ernani Abel.

O presidente avalia que é um momento propício para a expansão, uma boa oportunidade. “Nós já temos mais de 30% da população economicamente ativa da nossa região associada. Já temos uma participação no crédito, bem importante, mais de 30%, 34%, nos depósitos também. É o momento e da Cooperativa Ouro Branco olhar a possibilidade de expansão, uma vez que ela está muito bem estruturada e tem uma participação de mercado e nos municípios da área de atuação muito consolidada”, avalia.

Abel reforça que este já um movimento que tem ocorrido dentro do sistema Sicredi, com a expansão de outras cooperativas para o Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Um exemplo é a cooperativa co-irmã, Sicredi Integração, de Lajeado, que já atua em Minas Gerais.

A expansão dentro do Rio Grande do Sul não seria possível, pois o Estado já tem basicamente todos os municípios cobertos por agências Sicredi. Hoje, 95% dos municípios gaúchos contam com a atuação da cooperativa.

A região de Minas Gerais destinada para a Sicredi Ouro Branco é a região de Ipatinga, conhecida como Vale do Aço. “É uma região muito interessante com muitas indústrias, universidades, hospitais, desenvolvimento, bastante importante. Mas, também, com municípios ao seu redor que precisam ainda de cooperativismo para se desenvolver”, comenta.

Assim como todos os assuntos referentes à cooperativa, este também irá a votação por todos associados. “Vamos levar para a apreciação dos sócios, como tudo que é feito em cooperativa, de uma forma muito aberta e transparente”, pontua.

Prestação de contas

Um dos pontos mais aguardados da assembleia é a apresentação dos resultados e prestação de contas. Conforme Abel, no ano passado a cooperativa teve um crescimento bastante expressivo. “A cooperativa como um todo cresceu 21%, em todos os seus números, com indicadores que vale a pena ressaltar”, conta.

Um dos indicadores foi o número de associados que saltou durante a pandemia. “A cooperativa tinha um ritmo de crescimento de seus associados, e quando veio a pandemia, especialmente no ano passado, dobrou o número de pessoas que entravam. Nós tivemos um aumento de quase 10 mil associados no ano passado, é um número bastante expressivo”, revela.

Outro indicador expressivo são as operações no crédito rural. “A nossa carteira de crédito como um todo aumentou significativamente, aumentou mais de 30%, mas no crédito rural aumentou 45%, quase 50%”, destaca.

Distribuição das sobras

Os associados têm expectativa também sobre a distribuição de sobras. Como acontece todo ano, 1,5% das sobras irá para o Fundo Social. E depois, os associados decidem sobre a destinação do restante. “Ano anterior nós tivemos R$ 54 milhões de sobras, esse ano nós tivemos um pouquinho mais, são R$ 62 milhões”, conta.

Conforme Abel, novamente a proposta será de “destinar uma parte para a conta-corrente dos associados, além de ter já corrigido o capital social também”, explica.

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