Região terá Plano de Defesa das Cidades

Visando ter o máximo de informações para prevenir crimes graves ou eventos críticos

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Grupo da Agência de Inteligência do CRPO VT trabalha baseado em muita informação / Crédito: Lucas Leandro Brune

A Agência de Inteligência do Comando Regional de Policiamento Ostensivo do Vale do Taquari (CRPO VT) reuniu a imprensa na terça-feira (3/5) para apresentar o Plano de Defesa das Cidades (PDC). A iniciativa será implantada em todas as regiões gaúchas com o objetivo de ter o máximo de informações para prevenir crimes graves ou eventos críticos. É o emprego de maior força policial, com resposta específica e especializada.

Os policiais são treinados, a polícia realiza trabalhos ostensivos e preventivos em possíveis alvos dos bandidos nas comunidades e também nas áreas bancárias. A seção de inteligência da Brigada Militar (BM) mantém banco de dados, monitora alvos, faz contato com outras agências coirmãs e difunde fotos e informações. “Temos mapeados os pontos estratégicos das 37 cidades do Vale, com as possíveis rotas de fuga e pontos planejados para barreiras”, disseram os policiais.

A missão é identificar problemas reais em potencial, estudar, projetar situações futuras e passar ao comando, como forma de assessoria na tomada de decisões. “Fizemos um trabalho prévio para facilitar a atuação da Força Tática e dos demais soldados. Filtrar, analisar e gerar conhecimento. Preparamos informações para dar uma resposta qualificada ao crime sem colocar policiais e a população em risco”, complementam.

A proposta é evitar episódios como de Criciúma/SC, crime qualificado como “Domínio de Cidades” usado à época para atacar uma central de valores. Geralmente, são 20 ou mais criminosos para demonstrarem força e domínio das forças policiais em cidades com mais de 150 mil habitantes. Literalmente, dominam a cidade para executar o plano de levar altos valores. “É um crime patrocinado”, salientam.

Também visa atenuar o modelo do “Novo Cangaço”, usado por grupos de até 10 criminosos para roubar bancos e fugir, em cidades a partir de 5 mil habitantes, com baixo efetivo policial e causando pânico – situações vividas no Vale do Taquari. “Qualquer informação neste sentido, ao ser percebida pela população, pode nos ajudar a nos preparar para dar uma resposta à altura”, sinalizam.

O intuito é manter zerados os índices de roubo a bancos, a exemplo dos dois últimos anos (2020 e 2021), ainda atípicos pela pandemia. Mas, em 2019 já houve apenas uma ocorrência do gênero na região, em comparação aos 14 assaltos de 2018. Embora criado em 2009, o trabalho deste grupo específico da BM se intensificou a partir e 2018, com várias operações e ações em conjunto com outros órgãos da segurança pública.

Os integrantes da Agência de Inteligência – também chamado de “P2” – não andam fardados e raramente utilizam arma de fogo. “Nossa maior arma é a informação”, disse o tenente ao exibir uma câmera fotográfica e falar das fontes – algo comum também no jornalismo. E pediram à imprensa a colaboração para evitar “dar detalhes de determinadas ocorrências porque bandido também ouve rádio e se informa para saber pontos vulneráveis”. Por isso, a fotografia do grupo foi feita de costas, para não exibir rostos, já que muitas vezes os agentes trabalham expostos a campo.

Roubos a banco no Vale (tabela)

Ano Nº de casos

2016 7

2017 18

2018 14

2019 1

2020 0

2021 0

* Fonte: AI (P2) do CRPO VT

Destaque

Telefone para denúncias graves

(51) 98512-6531

* Para crimes graves como assalto a banco, deslocamento de armas, grandes movimentações de drogas, etc. Não é para ocorrências corriqueiras, que devem ser canalizadas ao 190.

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