Pequenas empresas gaúchas ampliam faturamento e projetam crescimento em 2022

Pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostra a situação atual dos negócios, os principais desafios e as perspectivas para os próximos meses

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Os empresários se mantêm confiantes na melhoria e estabilidade da situação da economia do estado e do ramo de atividade para os próximos seis meses / Crédito: Pexels / Divulgação

Os pequenos negócios gaúchos fecharam o primeiro trimestre do ano com números positivos e que apontam uma melhora no ambiente empreendedor e econômico no estado. Dados do Sebrae RS indicam que 27% das empresas registraram aumento de faturamento no comparativo entre os meses de fevereiro e março deste ano. O percentual saltou nove pontos e atingiu o maior índice desde julho de 2021.

Todos os setores indicaram aumento no faturamento, sendo os maiores percentuais no setor de serviços e indústria. E, no que depender do otimismo dos empreendedores, a tendência deve ter sequência: 76% dos entrevistados têm expectativa de aumento de faturamento nos próximos seis meses. Desses, 58% acreditam que o aumento será de até 30%.

O agronegócio foi o que sinalizou o menor percentual de aumento; que pode ser atribuído a estiagem que afetou o agronegócio gaúcho nos últimos meses.

Os dados foram coletados de modo on-line entre 22 de março de 2022 e 12 de abril. A amostra atendeu 314 clientes do Sebrae, com intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 5,4%. Desses clientes, 48% são do setor de serviços, 26% do comércio, 21% da indústria e 5% do agronegócio. Quanto ao porte, 45% são MEI, 43% são microempresas e 12% são pequenas empresas.

Mais destaques da pesquisa

Outros importantes indicadores econômicos também se destacam na pesquisa e reforçam uma perspectiva geral favorável para os negócios nos próximos seis meses no estado, conforme a visão dos empreendedores. Metade dos entrevistados (50%) tem a expectativa de manter seu negócio, enquanto que 44% manifestaram a intenção de expandir.

Em relação ao pessoal, 41% querem manter o quadro funcional, e 31% pretendem aumentar o número de empregados. A redução de pessoal figura como expectativa para apenas 2%.

O comportamento do faturamento nos últimos 30 dias

Em março já se observa um movimento de recuperação dos negócios. Enquanto 39% indicam estabilidade e 34% redução.

Situação das dívidas e/ou empréstimos

Os empresários foram questionados sobre as dívidas ou empréstimos; muitos deles adquiridos em razão da crise provocada pela pandemia. Observa-se que o percentual de empresas com pagamentos em dia aumentou quatro pontos percentuais (de 40% em fevereiro para 44% em março). Enquanto o percentual dos que estão com os pagamentos em atraso aumentou um ponto percentual (de 17% em fevereiro para 18% em março). Por outro lado, duas em cada cinco empresas informaram que não tem dívidas ou empréstimos.

Intenção em buscar financiamento nos próximos seis meses

Entre os entrevistados, 59% afirmaram que não pretendem buscar financiamento, enquanto 41% pretendem. Os que buscam, têm como finalidade a obtenção de capital de giro (49%) e a aquisição de máquinas e equipamentos (37%). Aumentou em dois pontos percentuais a intenção de buscar financiamento para investir em inovação (em fevereiro era 20%).

Os maiores desafios para o negócio hoje

Os principais desafios de mais um terço das empresas são equilibrar as finanças, aumento dos custos (energia, água e insumos) e redução do poder de compra do consumidor.

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