O ex-governador Eduardo Leite palestrou em almoço empresarial da CIC Teutônia nesta quarta-feira (2/6).
Após o evento, ele concedeu entrevista coletiva à imprensa. Na oportunidade, comentou sobre o lançamento do edital do Lote 2 da concessão de rodovias estaduais, que contempla as rodovias do Vale do Taquari.
O bloco compreende trechos das rodovias ERS-128, ERS-129, ERS-130, RSC-453, localizadas no Vale do Taquari, e das rodovias ERS-135, ERS-324, BR-470, que conectam Nova Prata a Erechim, no norte do RS. São regiões com empreendimentos nos setores de agropecuária e indústrias de transformação. Os debates sobre o tema têm sido aquecidos na região e Estado. A forma que a concessão está sendo conduzida não agrada lideranças regionais.
Ele avalia que o Bloco 2 tem nível de maturidade a amadurecimento maior, e por isso está pronto para ir a leilão. “É natural que haja reações. Na década de 90 o Rio Grande do Sul sofria as reações sobre ter ou não pedágio, hoje já se admite o pedágio. A discussão passa para onde vai ser o pedágio. É inevitável, nunca vai ter a condição de agradar a todos. Geralmente os que se opõem são os que verbalizam, e os que apoiam, silenciam. Faz parte do processo”, pondera.
Leite afirma que tem certeza que o que se está conduzindo, com investimento da ordem de R$ 4 bilhões fará diferença para a melhor. “Não adianta não pagar o pedágio e pagar o preço de não ter uma rodovia em melhores, o preço é mais alto com a falta de condições rodoviárias, com a falta de capacidade de investimentos, com rodovias com estruturas aquém da demanda, e a demanda vai aumentar pelo desenvolvimento que se espera dessa região. Estamos falando de poupar vidas com duplicações que vão evitar colisões, redução de perda de bens e patrimônio. Economicamente o reflexo é muito mais positivo do que apenas olhar a tarifa que será cobrada na região”, conclui.