A Apae de Teutônia realizou na quinta-feira (25/8), a Balada da Apae. Um dos eventos mais aguardados, que não era realizado há mais de dois anos devido à pandemia, reuniu os alunos maiores de 15 anos em um pub no Bairro Centro Administrativo. Os teutonienses receberam como convidados os alunos da Apae de Bom Retiro do Sul.
Muita música, dança, diversão e integração marcaram o momento especial. “É uma alegria a gente poder se reunir de novo. Poder proporcionar estes momentos para nossos alunos, porque eles não vivenciam isso sempre, é extremamente gratificante”, avalia a diretora da Apae Teutônia, Raquel Brackmann.
A intenção de convidar outra Apae foi de justamente proporcionar a convivência com novas pessoas. “Entre os nossos alunos eles acabam se vendo diariamente, então é importante ter esse contato social com outras pessoas”, explica.
A Balada da Apae é sempre realizada fora das dependências da escola, normalmente, em algum lugar destinado a festas. São ambientes, normalmente, não acessíveis a pessoas com deficiência no dia a dia. Assim, a programação proporciona uma nova experiência para os alunos.
Raquel explica que isso é de extrema importância. Porque para muitos, o único espaço de convivência é a Apae. “O ‘sair’ para nossos alunos, na maioria das vezes, é vir para a Apae. Poder proporcionar um momento como esse é muito grande, é muito emocionante. Geralmente a vida social deles é muito limitada”, considera.
Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla
A Balada da Apae é uma das ações da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. A instituição teutoniense tem realizado uma série de ações para marcar a data que iniciou no dia 21 de agosto, e vai até domingo (28/8). “Não é uma semana para comemorar a deficiência, é para mostrar como nossos alunos são capazes. E mostrar também o nosso trabalho”, comenta.
Já foi feito encontro com as famílias, piquenique e encontro de profissionais da Apae. A semana encerra com uma palestra com o jovem Vinícius, no domingo (28/8), no auditório da Sicredi Ouro Branco. Ele é um jovem com síndrome de down que falará principalmente para as famílias e alunos da Apae.
“Esperamos que o Vinícius motive ainda mais essas famílias. Porque gostamos de mostrar que a Apae oferece um leque muito grande de oportunidades para essa pessoa com deficiência. Somos um espaço para a pessoa com deficiência, mas não queremos que ela fique na Apae, poder incluir ela cada vez mais. Quando falamos de incluir, é incluir na escola, no mercado de trabalho, na sociedade”, pontua.