Buracos, desníveis, rachaduras, espaços onde nem há mais asfalto. Essa é a situação da estrada geral de Linha Germano, em Teutônia. E não é preciso ir muito para o interior para se deparar com o cenário que já é visível na parte inicial da localidade. Em alguns trechos é difícil até mesmo desviar dos buracos e desníveis, pois não há onde passar. A falta de acostamento, calçadas e pinturas desgastadas também gera descontentamento.
A situação revoltou a professora Animari Bayer, que decidiu manifestar sua indignação em uma postagem no Facebook. Na rede social ganhou apoio de outros munícipes que também relatavam insatisfação com a situação.
Ela utiliza a via todo fim de semana pois os pais moram em Linha Germano Fundos. Recentemente, passou a utilizar ainda mais o caminho pois o irmão realizou uma cirurgia e ela precisa auxiliar os pais. “Está complicadíssimo, não tem mais onde passar. Ali no cemitério é preciso parar, tu não sabe se passa pelo mato, pela valeta, ou onde passar”, relata.
A professora diz que fica muito triste com a situação pois é natural de Linha Germano. “Quantas promessas de prefeitos teve que iriam fazer o asfalto até o final e nunca foi cumprido. Entra prefeito e sai prefeito. É triste de ver, porque tem mais moradores ali”, opina, se referindo a parte que ainda falta pavimentar da estrada, outra demanda antiga dos moradores.
A primeira parte da estrada, que vai da Rua Duque de Caxias até a Sociedade, foi pavimentada há quase 30 anos, ainda no governo de Elton Klepker.
A segunda parte, da Sociedade em diante até o fim da pavimentação tem cerca de 15 anos, tendo sido realizada no governo de Silvério Luersen. Estima-se que a vida útil de uma pavimentação, sem precisar de reparos, é de 5 a 10 anos. A estrada de Linha Germano não recebeu obras de manutenção até então, chegado até a situação atual.
Além do trânsito cotidiano, a localidade também tem muito escoamento de produção. “Imagina a qualidade, é escoado produção dali, não é só gente que mora ali”, complementa Animari.
A professora afirma que nunca teve nenhum prejuízo devido às condições da via, mas porque já conhece muito bem o trajeto. “Então eu já vou indo e parando, indo para o lado. Mas eu me revoltei, tem um lugar onde o asfalto está em pedaços, se vem um carro de cima, ou tu vai para a valeta ou espera o outro passar, não tem o que fazer”, reforça.
Ela lamenta ainda pelas pessoas que precisam usar o trecho diariamente. “Pensa o jeito que fica um carro que precisa passar todos os dias ali”, questiona. Animari pede que seja feito, pelo menos, uma obra de manutença. “Que, pelo menos, vão ali remendar. Não entendo como pode ter sido destruído”, considera. A professora questiona ainda o porquê dos reparos não terem sido feitos ainda, e lamenta que há relatos de outras localidades com a mesma situação. “A gente paga os impostos para que? Está complicado isso”, pontua.
Município promete obras
A administração municipal de Teutônia diz estar ciente dos problemas, e que já recebeu os relatos de moradores e usuários da via. “Já houve uma conversa com membros da comunidade local sobre o assunto”, afirma a assessoria do Município.
Na sexta-feira (23/9), o prefeito Celso Forneck, o secretário de Obras Werner Wiebush e o engenheiro da Prefeitura Alexandre Etgeton estiveram na localidade para verificar a situação. Ainda na sexta-feira o Município informou que pretende iniciar obras de recuperação nesta semana. “A medida visa melhorar a trafegabilidade do trecho até o término dos trâmites legais para uma solução definitiva”, explica em nota.