A Câmara de Vereadores de Teutônia teve mais uma noite de debate sobre o financiamento de R$ 15 milhões na terça-feira (29/11). Os vereadores da oposição voltaram à tribuna para criticar a proposta.
Hélio Brandão (PTB) definiu o projeto como “polêmico”. Salientou a taxa de juros do financiamento. Comparou com a taxa do financiamento contratado na administração anterior, também de R$ 15 milhões pelo Avançar Cidades. “Era de 4% ao ano, obras que foram executadas, em sua maioria, neste governo. E agora, querem mais um financiamento de R$ 15 milhões, mas com um juro de quase 12% ao ano”, pondera.
Voltou a destacar o orçamento para o ano que vem, de quase R$ 200 milhões, segundo ele, R$ 75 milhões a mais do que no primeiro ano do atual governo. “Não vejo a necessidade um financiamento com juro tão alto. Temos que fazer com que o prefeito cumpra a promessa de fazer mais com menos”, reforça.
Cleudori Paniz (PSD) repetiu que não pode aceitar o projeto. Destacou que o prefeito justificou que outros mandatários também fizeram financiamentos. Neste sentido, fez algumas ponderações sobre os governos passados.
A respeito do governo de Renato Altmann, disse que foram quatro financiamentos. Dos quais, três pagos ainda naquele governo por terem poucas prestações. O quarto, que foi maior e em prestações mais longos, teve mais de 30 prestações pagas por aquela gestão e deve ser finalizado em 2025.
Sobre o financiamento do Avançar Cidades, da administração de Jonatan Brönstrup, considerou os juros anuais. Segundo ele, o financiamento tinha juros anuais que somavam R$ 600 mil. Já o novo financiamento, pode chegar a R$ 1,8 milhão de juro anual. “Ele mesmo [o prefeito] dizia que era uma irresponsabilidade pagar R$ 600 mil em juros por ano. E agora, R$ 1,8 milhão não é mais?!”, questiona. Reforçou que é a favor das pavimentações, mas sem financiamento. “Tem dinheiro à disposição para fazer”, aponta.
Pelo lado da situação, Diego Tenn Pass (PDT) abordou o tema. Disse que as pavimentações previstas são extremamente importantes, e que o projeto precisa ser muito bem avaliado, e por isso está baixado.
Reforçou que a comunidade sabe onde o recurso será investido. Salientou também que os moradores das localidades beneficiadas estão sendo chamados para reunião para debater. E que todos podem participar destes encontros e apresentar seu ponto de vista, inclusive os que não moram nas localidades.
Afirma ainda que “fazer do jeito certo é demorado, cansativo e trabalhoso. Mas nem sempre o jeito fácil é a melhor opção. O jeito antigo era o projeto cair aqui e já ser votado, para não dar tumulto. Mas um projeto importante assim requer cuidado”.
O projeto seguiu baixado nesta terça-feira. A previsão é de que entre em votação na próxima sessão, no dia 6 de dezembro.