A Junta de Justiça Desportiva Regional (JJDR) divulgou as notas oficiais após os protestos de Estudiantes e 7 de Setembro de Capitão. Após a primeira nota na segunda (19/12) à noite, na manhã desta terça-feira (20/12) saiu uma reforma com a exclusão de dois dirigentes citados na primeira versão.
Os dois clubes protestaram porque discordaram da eliminação imposta pela Aslivata após os episódios da decisão do Regional Certel Sicredi 2022, no dia 27 de novembro, em Capitão. A JJDR não acolheu os pedidos dos dois clubes, manteve a eliminação e decidiu ampliar o tempo de punição a dirigentes, atletas e torcedor das equipes.
O presidente da JJDR, Milton Weiler, relembrou a notificação emitida a todos os clubes no dia 7 de outubro. A JJDR reiterou para que não se repetissem os fatos ocorridos entre Canabarrense e Brasil de Marques de Souza. “Foram alertados que fatos omissos poderão ser decididos por notas oficiais e avisos. Foi alertado para que cada dirigente, conhecendo seus torcedores, conversasse com os mais exaltados”, reforça Weiler.
Ele classificou os episódios da final como lamentáveis. “O futebol é um esporte e ao final de cada competição deveria haver uma confraternização entre as comunidades. Nada disso se viu ao longo da tarde de 27 de novembro”, salienta Weiler. A JJDR manteve os dois clubes eliminados e também decidiu não declarar campeão.
Das decisões cabe recurso e os interessados têm até 48h após a divulgação da nota para encaminhar o recurso. A reportagem contatou presidentes do 7 de Setembro e do Estudiantes. Ambos pretendem analisar a situação com a assessoria jurídica no fim da tarde e início da noite desta terça-feira. A tendência é a apresentação de recursos.
O Palanque de Venâncio Aires – 3º colocado – acompanha a situação. Já enviou ofício para a diretoria da Aslivata logo após a partida e reivindicou o título de campeão regional após a eliminação dos dois finalistas. Todavia, a liga não se pronunciou e o caso também não foi levado à JJDR. O Palanque pretende recorrer formalmente e, como terceiro interessado, pleitear o título.
7 de Setembro
O 7 de Setembro protestou e negou negligência na segurança. O presidente da JJDR afirma que as imagens não mostram o alegado. “A Brigada Militar apenas veio após a invasão ocorrida no jogo preliminar. Em nenhum momento BM ou seguranças que assinaram súmula se posicionaram nos pontos críticos do alambrado. Por muita sorte não aconteceu uma tragédia”, avalia. Milton Weiler entendeu que o presidente do clube, mesmo alertado, teria feito vistas grossas e se omitido.
Por negligência, a JJDR puniu o presidente Aloisio Ziem com suspensão de 1 ano e multa de 1 salário mínimo, conforme artigo 60º. Também aumentou a pena do atleta Gilberto Santo Souza de Souza Júnior “Giba” para 1 ano de suspensão por envolver-se na briga com o goleiro da equipe adversária. E multa de R$ 200 conforme artigo 64º letra “d” do regulamento.
Estudiantes
O Estudiantes alegou no protesto que a torcida reagiu a uma ação da equipe adversária e que os torcedores teriam invadido para defender seus atletas. Novamente, a JJDR reforça que as imagens não mostram o alegado pela defesa. “Claramente, ocorreu invasão para agredir a arbitragem – inclusive, os cinco árbitros conseguiram ingressar no vestiário por uma fração de segundos. E torcedores dava chutes na porta. Também não se viu nenhum invasor ajudar os atletas da equipe”, reforça.
Além de não conceder ganho de causa, houve aumento nas punições. O atleta Matheus Alberto Navacosquy “Poio” teve a pena aumentada para 1 ano de suspensão e multa de R$ 200 conforme artigo 64º letra “d” do regulamento. O torcedor exaltado Daniel Júnior Rodrigues, identificado com uniforme da torcida do clube, recebe suspensão de 1 ano e multa de 1 salário mínimo, conforme artigo 60º do regulamento.
